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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

BUZZY ROOTS | Entrevista de comemoração do lançamento do vinil de 7 polegadas do Bongjeingan|ENTREVISTA #53

    Esta entrevista é de propriedade de Buzzy Roots, feita em Março de 2025 por kixxikim, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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O selo 〈Bside〉, que apresenta ao Japão novas promessas da música sul-coreana, lançou um projeto chamado “Bside K-Indies Series B333”, no qual seleciona faixas já lançadas de artistas que estão agitando a cena musical da Coreia e as coloca em vinil.
A 9ª edição saiu no dia 5 de março (quarta-feira).
Dessa vez, com o tema “especial de bandas loud”, os destaques foram: Snake Chicken Soup (スネークチキンスープ), bongjeingan (ボンジェインガン) e Wah Wah Wah (ワワワ).

Para celebrar o lançamento, serão publicadas entrevistas com os três grupos.

O terceiro grupo é o bongjeingan. Uma banda de rock alternativo que não se prende a gêneros e busca uma música livre.
Os integrantes são: Ji Yune (vocal/baixo), Lim Hyunjae (guitarra) e Jung Iljoon (bateria).

Reunidos não como “Sultan of the Disco”, “HYUKOH” ou “Jang Kiha and the Faces”, mas sim como bongjeingan, os três continuam expandindo ousadamente seu território com uma música e um estilo sem precedentes.


Desde a sua estreia em 2022, eles vêm impactando a cena musical com um som único e uma abordagem ousada.
O 1º álbum completo, “12 Languages (12가지 말들)”, foi indicado ao Korean Music Awards 2024, na categoria de Melhor Álbum de Rock.
No mesmo ano, em julho, participaram do Fuji Rock Festival ‘24, conquistando o público japonês.

Agora, além do lançamento do vinil de 7 polegadas, também foi confirmada para março a primeira apresentação solo na Coreia desde a formação da banda.

Nesta entrevista, eles falam sobre a relação entre os integrantes, suas impressões das apresentações anteriores no Japão e os sentimentos por trás do lançamento deste novo disco.

Planejamento/Bside
Entrevista & Texto/kixxikim
Edição & Tradução/AKARI(BUZZY ROOTS)


—— Sem nem perceber, já é 2025. Para o bongjeingan, e também para cada um de vocês pessoalmente, como o ano de 2024 vai ficar na memória?

Ji Yune (Yune): Teve alguma coisa…?

Jung Iljoon (Iljoon): Quero criar um clone meu…

Lim Hyunjae (Hyunjae): Um trampolim pro 2025!

—— Para os ouvintes japoneses que estão ouvindo o nome “bongjeingan” pela primeira vez, podem se apresentar brevemente como banda?

bongjeingan: Nós começamos a tocar com o nome “bongjeingan” em 2022.
Na época, por causa da pandemia, a cena de shows estava meio parada, mas a gente acabou se reunindo naturalmente. Tocando juntos e compondo, tudo começou dali.
Somos uma banda de três pessoas que faz o som que gosta, sem freio, e amarra isso tudo pra entregar pra vocês.


—— Vocês já tocaram duas vezes no Japão: no Fuji Rock 2024 e no show em clube no Aoyama Tsukimiru-Kimiomou. Imagino que cada apresentação tenha trazido uma diversão e uma sensação de realização diferentes. Podem compartilhar algumas lembranças ou bastidores desses shows?

Yune: Foi a primeira vez, mas não parecia a primeira. Fiquei com vontade de ir tocar lá com mais frequência.

Iljoon: Olhando pra trás, é uma memória divertida. Mas fico com a sensação de que, se tivesse tido um pouco mais de tranquilidade, teria aproveitado ainda mais. Então, da próxima vez que a gente for, quero curtir de verdade.

Hyunjae: Cada show teve seus próprios pontos bons. Mas, independentemente do local, algo que me marcou foi ver o público japonês ouvindo com tanta atenção e seriedade. Isso fez a gente pensar: “temos que entregar um show ainda melhor”.




—— Mais do que qualquer coisa, achei marcante a história de que vocês se reuniram para curar uns aos outros através da música. O que vocês acham que cada um recebeu dos outros dois nesse sentido? (risos) Pode ser uma resposta abstrata.

Yune: Sabe quando você está perto de gente boa e acaba absorvendo uma energia boa? Aprendo muito com os dois.

Iljoon: Às vezes, buscar essa cura faz a gente sentir ainda mais dor. Mas tem um ditado, né? “Uma ferida se cura com uma ferida maior”… Brincadeira, hahahaha!

Hyunjae: Eu comecei a rir mais. Hahaha

—— Yune, em entrevistas recentes você comentou que está preparando um álbum solo. Pode dar alguma dica sobre ele para os ouvintes japoneses?

Yune: Produzi algumas faixas com o Ikeda Shoei do Maya Ongaku (teclado/sax). Mas ainda estamos no meio do processo, então é difícil dar muitas pistas.

—— Acima de tudo, a música do bongjeingan é insubstituível, algo que só poderia nascer com a reunião de vocês três. Mesmo ocupados com atividades individuais, qual é o segredo de manter o trabalho em equipe da banda?

Yune: Como o mais velho, é importante ouvir atentamente o que meus irmãos dizem.

Iljoon: Como o do meio, preciso ouvir tanto o que o irmão mais velho quanto o mais novo dizem.

Hyunjae: E como o caçula, preciso ouvir bem o que os irmãos falam.

—— Desta vez, com o projeto Bside ‘K-Indies Series B333’, vocês escolheram as faixas “GAEKKUM” e “Know You Did” para serem lançadas em vinil de 7 polegadas. Podem apresentar brevemente cada música e comentar como acham que a sinergia dessas duas faixas se manifesta nesse formato?

Iljoon: As duas músicas já foram lançadas como singles digitais e representam bem o estilo musical do bongjeingan até agora.
Reunir elas nesse vinil, esperamos, seja um ponto de partida para a banda explorar ainda mais gêneros variados no futuro.



—— Vocês têm um show solo marcado para o dia 23 de março. Podem nos dar uma breve apresentação do show e contar quais pontos estão mais ansiosos para curtir?

Iljoon: Como sempre, estamos nos esforçando para que seja ainda mais divertido e sem arrependimentos! Estou muito animado para ver como o público vai aproveitar cada momento!

Hyunjae: É a primeira apresentação solo desde a formação da banda. Desde as grandes decisões até os detalhes mais simples, estamos todos trabalhando juntos — banda, empresa e todos que nos apoiam — com um objetivo em comum. Vai ser, com certeza, um show muito divertido!


—— Em entrevistas anteriores, vocês disseram que queriam fazer uma música “barulhenta, meio metal e ruim” — isso marcou bastante. Desde a formação, o bongjeingan ainda mantém esse “lado ruim”? (risos)

Yune: A gente se esforça para ter um coração gentil. Mas o lado ruim já está impregnado no fundo, sabe? É tipo o caldo do tonkotsu no ramen.

Iljoon: Tem aquela coisa do “homem é naturalmente mau”, né? Não acredito 100%, mas também não está totalmente errado. É algo que fica lá no fundo da mente, não dá pra cortar ou separar…

Hyunjae: Se o lado ruim desaparece, a vida fica sem graça; se é demais, fica pesado demais. Então a gente tenta manter na medida certa.

—— Agora, a última pergunta: quais são os planos do bongjeingan para 2025 e qual recado vocês deixariam para os fãs japoneses que vão colocar as mãos no vinil de 7 polegadas?

Yune: O vinil que estamos lançando tem uma masterização bem diferente da versão digital, então vocês vão poder curtir de uma forma totalmente nova. A diferença é grande mesmo! Espero que todos aproveitem e que possamos nos encontrar de novo em breve.

Iljoon: Vamos aparecer pra vocês como um bongjeingan ainda mais divertido. Muito obrigado!

Hyunjae: E com certeza vamos lançar vinis ainda maiores que o de 7 polegadas! Contamos com vocês!



Eyesmag | Entrevista com a Bongjeingan — “Do jeito que cada um quiser lembrar”

     Esta entrevista é de propriedade de Eyesmag, feita em Março de 2025 por Par Jaejun, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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Comentário do Editor

Existem bandas que muita gente pode não conhecer pelo nome, mas que ninguém esquece depois de ouvir. A Bongjeingan, trio formado por Ji Yoonhae, Lim Hyeonjae e Jeon Iljun, é exatamente assim. Integrantes de bandas como Parasol, Sultan of the Disco, Hyukoh e Jang Kiha and the Faces se juntaram e criaram uma trajetória única. A Bongjeingan é livre. E, ao mesmo tempo, experiente. No dia 23 de março, conhecidos por seus shows ao vivo arrebatadores, eles vão realizar seu primeiro show solo.

Antes de mergulhar nesse som fresco e na presença de palco que domina qualquer plateia, a Eyes Magazine preparou uma entrevista exclusiva para chegar mais perto da banda. Conversamos sobre como andam os preparativos para o show, quais são as faixas mais queridas por eles, e até com quais artistas gostariam de colaborar. Confira abaixo a entrevista completa em formato de perguntas e respostas.

DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Uma breve saudação, por favor.

Olá! Somos a Bongjeingan: Ji Yoonhae, Lim Hyeonjae e Jeon Iljun.

| E como vocês têm passado ultimamente?

Yoonhae: Estou me dedicando aos preparativos pro show solo da Bongjeingan, além de trabalhar no meu álbum solo e em colaborações com outros músicos.
Hyunjae: Muito ocupado conciliando a Bongjeingan e o Hyukoh.
Iljun: Além dos preparativos pro show solo, também tenho outros projetos musicais rolando.

| Qual é o significado de “Bongjeingan”?

Assim como um boneco de pano que é cheio de algodão por dentro, a ideia é que nós também estamos cheios desse algodão fofinho por dentro.

| Vocês vieram de bandas diferentes. Como foi que acabaram se juntando?

Bongjeingan: A gente se conhecia desde mais novos, mas a fase em que realmente ficamos próximos foi durante a pandemia, quando passamos a dividir o mesmo estúdio. Quanto mais tempo juntos, mais natural foi começar a tocar. Não começou com um “quero montar uma banda e tem que ser com esses membros”. Simplesmente rolou.

 
DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Cada um de vocês tem uma personalidade bem marcada. Não rolam conflitos de opinião na parte musical?

Yoonhae: Nada sério a ponto de dar problema.
Hyunjae: Sempre tem, mas a gente resolve de forma madura.
Iljun: O segredo é saber ouvir o que o outro tem a dizer.

| E de onde vem a inspiração da música da Bongjeingan? Tem algum método especial de composição?

Yoonhae: Acho que a base é a “diversão”. O som, a melodia e o ritmo que surgem naquele momento são a nossa inspiração.
Hyunjae: Muitas vezes a gente só toca o que vem na cabeça, e depois junta essas partes diferentes num mesmo som, transformando em uma música.
Iljun: Concordo totalmente com os dois.

DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Quais músicas vocês têm escutado com frequência ultimamente?

Yoonhae: Tenho ouvido bastante música brasileira antiga.
Hyunjae: Os álbuns do Black Sabbath.
Iljun: Eu vou ouvindo o que vem na cabeça na hora, mas recentemente tenho escutado um pouco de house.

| Existe algum “muso” ou “musa” que tenha inspirado vocês musicalmente?

Yoonhae: São tantos que não dá nem pra escolher.
Hyunjae: Bach.
Iljun: Boa música, simplesmente.

| No Brasil ou no exterior, tem algum artista com quem gostariam de colaborar?

Yoonhae: Blake Mills.
Hyunjae: Mais do que alguém específico, eu queria trocar experiências com músicos locais de várias partes do mundo.
Iljun: Colin Stetson.



DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Podem apresentar uma música que represente a Bongjeingan?

“12 Palavras”. Acho que foi a primeira música que a gente compôs juntos, então acaba carregando o começo de tudo pra banda.

| E individualmente, qual faixa da Bongjeingan tem mais significado pra vocês?

Yoonhae: “12 Palavras”. Quando canto no show, sinto como se estivesse cumprimentando o público.
Hyunjae: “BABY”. Ficou muito bem feita.
Iljun: “Atrás de Você”. É poderosa.

| Na opinião de vocês, qual é o diferencial da Bongjeingan em relação a outras bandas?

Yoonhae: Acho que como cada um é diferente, nossa força tá justamente nesse “diferente”.
Hyunjae: Diria que a energia bruta que a gente carrega.
Iljun: O diferencial é que temos Ji Yoonhae, Lim Hyeonjae e Jeon Iljun.


DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Vocês vão realizar o show solo <Bongjeingan: A Máquina de Costura da Fúria (Sewing Machine of Wrath)>. Como estão se sentindo?

Yoonhae: Fiquei chocado que esgotou em um minuto. Não imaginei que tanta gente estivesse querendo ver a gente assim.
Hyunjae: Parece mesmo o começo de uma nova fase, e isso me deixa feliz. Espero que essa energia boa chegue bem ao público.
Iljun: Quero dar o meu máximo pra sair sem arrependimentos.

| Qual é o ponto central desse show?

Queremos retratar tanto aquele período sufocante e cheio de raiva quanto a trajetória da Bongjeingan até agora. E depois disso... ainda não sabemos bem pra onde a corrente vai nos levar.


DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Qual tem sido o maior interesse de vocês ultimamente?

Yoonhae Sempre me interesso por instrumentos e objetos antigos.

Hyunjae Ultimamente comecei a me interessar por exercícios.

Iljun O I Am Solo, temporada 24.

| Quais são os próximos planos da banda?

Yoonhae Ainda não temos um plano concreto.

Hyunjae Quero que a gente apareça com algo novo e divertido — e que disso surja um álbum novo.

Iljun Eu sou P. Não costumo fazer muitos planos.

DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

| Se fossem descrever o Bongjeingan em uma palavra, qual seria?

Yoonhae Suco detox.

Hyunjae Demora, mas floresce.

Iljun Desajustado (literalmente “sapo verde”, expressão coreana para alguém que faz tudo ao contrário).

| Em que momentos vocês gostariam que as pessoas escutassem a música de vocês?

Yoonhae Em bares onde dá pra pedir música, ou em qualquer lugar, na real.

Hyunjae Quando estiverem com fome. Assim dá pra ouvir três vezes por dia.

Iljun Quando respirarem.

| Como gostariam que a banda fosse lembrada?

Do jeito que cada um quiser lembrar.

DOOROODOOROO ARTIST COMPANY

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

KONA - Sleep tight (feat. Sogumm) | Tradução para o português

 


- 1ª faixa do EP 'jamais vu' de Kona, lançado em 13 de Maio de 2019.

- CRÉDITOS: Composta com por sogumm e Kona.

📺 ASSISTA O MV ABAIXO 📺


Sleep tight (feat. Sogumm)

Dia puxado, né?

Eu sei que você trabalhou duro hoje, meu amor
Durma bem
Eu só queria te dizer, meu bem
Oh, boa noite

Mas amor, antes de você deitar
Me mande uma foto sexy pra mim
Mas amor, antes de você deitar
Me mande uma foto sexy pra mim

Nem vem
Oh, boa noite
Nem vem
Durma bem

Pense que sou eu, no travesseiro do seu lado
Abraçe forte, que amanhã eu chego aí
Pense que sou eu, no travesseiro do seu lado
Abraçe forte, que amanhã eu chego aí

Oh, boa noite
Ei, baby, posso ir agora?
Não aguento esperar
Pense em- Nem vem
Não consigo esperar até amanhã
Me imagine aí
(Tenho que ir agora)
(Tenho que ir agora)

Eu sei que você trabalhou duro hoje, meu amor
Durma bem
Só queria te dizer, meu bem
Oh, boa noite

Nem vem
Por favor, boa noite
Nem vem
Oh, dorme bem

Pensae que sou eu, no travesseiro do seu lado
Abraçe forte, que amanhã eu chego aí
Pense que sou eu, no travesseiro do seu lado
Abraçe forte, que amanhã eu chego aí

Oh, boa noite
Boa noite
Durma bem
Durma bem

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

SSENSE | Bandas na estrada

   Esta entrevista é de propriedade de Ssense, feita em Abril de 2025 por Hyunji Nam, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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HYUKOH e Sunset Rollercoaster, duas das bandas mais influentes de Seul e Taipei, estão encerrando uma turnê mundial pra comemorar o álbum que lançaram juntos. Aqui está o que eles aprenderam sobre derrubar todas as barreiras.


“Tocar numa banda ainda é maneiro.”

Do outro lado da tela, o vocalista do Sunset Rollercoaster, Kuo-Hung Tseng, sorri. Desde que lançaram o álbum conjunto AAA no ano passado, a banda taiwanesa e os sul-coreanos do HYUKOH — referência no indie de Seul — têm seguido uma agenda de turnê lotada. Estamos conversando pouco antes do show em Singapura. Dizer que eles chegaram até aqui só por irem atrás do que é “legal” seria simplificar demais — cada banda traçou seu próprio caminho, único e cheio de influência.


O HYUKOH, que já está completando uma década de estrada, começou como uma banda indie com um som meio nostálgico, mas faz tempo que deixou esse rótulo pra trás. Desde a estreia em 2014, o vocalista Oh Hyuk virou um ícone de estilo entre os jovens asiáticos, fechando parcerias com marcas como Bottega Veneta e Balenciaga. O próprio Virgil Abloh tocava faixas do HYUKOH nos desfiles dele e chegou a usar peças da marca criada pelo Oh Hyuk como forma de homenagem. A banda também trabalhou com Wolfgang Tillmans na capa do álbum through love. Mais recentemente, Oh Hyuk se juntou ao ícone japonês do street style Hiroshi Fujiwara em Seul para a exposição Funeral for a Friend.

Já o Sunset Rollercoaster surgiu na cena indie de Taipei em 2009, numa época em que quase não existiam bandas taiwanesas cantando principalmente em inglês. Essa escolha ajudou a banda a se conectar com o público global, destacando ainda mais o som deles na cena local. O nome da banda veio de um preset antigo do Photo Booth do Mac — uma imagem de um pôr do sol gigante atrás de uma montanha-russa. A faixa que virou um marco na carreira deles, “My Jinji”, já passou dos 100 milhões de streams no Spotify, consolidando o sucesso da banda muito além da Ásia.

O álbum conjunto AAA foi criado ao longo de um ano, a partir de maio de 2023, como um diálogo à distância entre os estilos distintos das duas bandas. O disco mistura a instrumentação rica e direta do HYUKOH, os vocais marcantes de Oh Hyuk e as melodias românticas do Sunset Rollercoaster com letras poéticas. As oito faixas marcam o retorno das duas bandas e contam com colaborações de artistas em alta, como @seoulsoloist e a fotógrafa Zhong Lin, conhecida por seus visuais impactantes — tudo isso pra criar algo novo e original.

A capa do álbum AAA, gerada por IA. O logo do AAA foi inspirado nas fontes em inglês usadas em restaurantes de imigrantes chineses nos Estados Unidos. O visual principal é de Chanhee Hong (@seoulthesoloist).
A arte foi criada por Na Kim. Imagem do topo: fotografada por Zhong Lin.

Quando AAA foi lançado, em julho de 2024, o jornalista musical e autointitulado “fã profissional de música” Derrick Gee correu pro Instagram e TikTok pra apresentar a faixa atmosférica “Aaaannnntttteeeennnnaaa” como “Ambient brilhante coreano/taiwanês”. O vídeo curto que ele postou ultrapassou 7 milhões de visualizações nas duas plataformas.

“Eu tava guardando essa música como um segredinho meu, querendo tocar ela em algum momento porque sabia que ia soar mágica,” contou Derrick à SSENSE. “Com que frequência bandas de países e idiomas totalmente diferentes se juntam? Quase nunca. Essa colaboração é super única, mas faz todo sentido — tanto no som quanto na estética. Duas bandas indie mega estilosas de suas regiões, com um som calmo, melódico, experimental, mas ainda com aquele toque pop que gruda.”

Agora que estão se preparando para o último trecho da turnê — um show de encerramento em Seul no fim de abril — HYUKOH e Sunset Rollercoaster refletem sobre o que significa colaborar além de nacionalidade, idioma e fronteiras, unidos por uma amizade de longa data.

Oh Hyuk e Kuo-Hung Tseng. Fotografia por Dasom Han.

Qual é a faixa favorita de vocês da banda um do outro? Teve alguma música que fez pensar: “essa banda é especial”?

Oh Hyuk: A primeira música que ouvi deles foi “My Jinji”. No começo, nem percebi que era uma banda asiática. Curti demais. Mas, se tiver que escolher uma, “Burgundy Red” me marcou — ela é super densa, quase como se fosse picante, sabe?

Kuo: Eu amo “Gondry”, principalmente depois que o Oh me contou que foi inspirada na demo dos Strokes, “I’ll Try Anything Once”. Isso fez eu gostar ainda mais. O processo de composição do Sunset normalmente é mais cheio de camadas, com várias mudanças de acordes e arranjos mais complexos. Mas “Gondry” vai na contramão — é super simples nos acordes, e a melodia conduz tudo. Ela transmite a alma da música de um jeito bem direto.

O Sunset Rollercoaster tem cinco integrantes, enquanto o HYUKOH tem quatro. Como foi trabalhar como um time de nove pessoas nesse álbum? Qual foi a parte mais desafiadora?

Oh Hyuk: Na verdade, éramos dez, contando com nosso coprodutor, o Junkyard. [Ele também trabalhou com o time do RM.]

Kuo: O desafio real foram as letras. A gente adora criar camadas sonoras, e com mais gente, deu pra explorar isso ainda mais. Mas quando fazemos demos, geralmente cantamos com palavras aleatórias, e acabamos nos apegando ao som delas. Aí, quando chega a hora de escrever as letras de verdade, fica difícil — temos que achar palavras que encaixem tanto no significado quanto no fluxo original da melodia. Mas, em certo ponto, decidimos só deixar rolar e parar de pensar demais.

Alguns dizem que estamos vivendo uma era de ouro para bandas na Ásia. Como vocês veem esse cenário em 2025?

Oh Hyuk: Acho que isso está acontecendo mais na Coreia, e de forma passageira. O declínio do hip-hop por aqui abriu um pequeno espaço pras bandas, mas no geral, sinto que a cena está encolhendo. Claro, não dá pra prever o futuro, mas com mais músicos surgindo, produções maiores e orçamentos crescendo, o cenário está mudando.

Kuo: Tocar em banda hoje em dia parece quase um ato romântico. Nosso tecladista, Shao-Hsuan Wang, tem um estúdio de ensaio. Antes, era cheio de jovens ensaiando e tocando covers, mas esse número vem caindo. Tocar em banda está começando a parecer algo vintage, tipo uma sinfonia clássica.

Aprender instrumentos também é caro, então montar uma banda virou um privilégio de quem tem mais grana. Enquanto isso, a galera com menos recursos vai direto pro computador, usando MIDI e samples pra criar música. Mas a cultura das bandas ainda tem um certo charme — continua sendo algo “cool”, e ainda tem gente fazendo. Durante a pandemia, quando todo mundo ficou preso em casa, as vendas de guitarra explodiram, e isso manteve a cena viva. Então, por mais que seja difícil prever o que vem nos próximos cinco anos, por enquanto ainda existe um futuro pequeno, mas bem promissor, pras bandas.

Qual é um álbum nota 10 pra vocês? Pode ser de qualquer época.

Kuo: Meu favorito de todos os tempos é Stone Flower, do Antônio Carlos Jobim. Sou muito influenciado pela bossa nova, e embora muita gente veja o estilo como algo leve e meio “burguês”, acho que pode ser bem agressivo. É progressivo também — super poético, com raízes nos sons tradicionais sul-americanos e misturado ao jazz americano.

Oh Hyuk: Os álbuns do The Whitest Boy Alive ainda são os que mais me influenciam. Por causa deles, conheci nosso engenheiro, Norman Nitzsche. Ainda escuto esses discos — são orgânicos, minimalistas, mas têm uma densidade absurda.

Junkyard: A Light for Attracting Attention, da banda The Smile.

Os 10 integrantes que participaram deste álbum. Fotografia por Dasom Han.

Nos primeiros tempos, vocês já ouviram comentários desanimadores de gente que duvidava de vocês?

Kuo: Meu maior crítico sempre fui eu mesmo. Minha voz interna era meu pior inimigo. Agora a gente tá trabalhando num novo álbum, e normalmente sou só eu e o produtor decidindo os caminhos vocais. Mas desde que conheci o Oh, fico pedindo pra ele me ajudar a refinar. Ele repara em cada detalhezinho, então não posso mais só cantar do meu jeito de sempre — tenho que treinar, ser preciso. Acho que quando eu passar por esse processo, vou conseguir chegar onde quero.

Oh Hyuk: Eu costumava me afetar muito com esse tipo de gente, então cortei todo mundo da minha vida. Simplesmente parei de ver essas pessoas. Mas, ao mesmo tempo, também luto muito com a minha própria insegurança. Essas duas coisas — a voz dos outros e a minha própria — pesaram muito pra mim. Mas acho que faz parte.

“Se odiar é o segredo pra virar um músico de sucesso.”

Oh Hyuk: Sempre falo que esse é o ponto de partida pra virar a pessoa que eu quero ser.

Kuo: Mas acho que isso também é uma coisa muito asiática. A forma como a gente foi criado — tá meio que enraizado. Quando a gente era criança, mesmo tirando um A, os pais perguntavam por que não foi A+ [risos]. É difícil desenvolver autoestima quando você tá sempre correndo atrás de um padrão que nunca para de mudar. A gente quer validação, mas tem que conquistar do jeito mais difícil. Mesmo hoje, não sei se posso me chamar de músico de sucesso. Se for olhar pelos números, talvez. Mas ainda não sinto isso.

O clipe de “Antenna” traz o ator taiwanês Hsu Kuang-han, conhecido por Someday or One Day, e Leah Dou, cantora sino-hongkonguesa também famosa por ser filha da icônica Faye Wong.

Quais são os lugares preferidos de vocês em Taiwan?

Kuo: Um dos nossos lugares favoritos, com certeza, é o Da Shi Xiong, um restaurante de macarrão com carne. É meio escondido — não é o mais limpinho ou bem decorado, mas é super autêntico e tem aquele clima caseiro, meio faça-você-mesmo. Eu ia muito lá quando ensaiava perto, e quando levei os caras, fiquei na dúvida se eles iam curtir por causa do ambiente... mas acabou virando um dos lugares preferidos do grupo.

Sobre o que vocês mais têm conversado ultimamente?

Kuo: Tem uma coisa em Taiwan chamada Black Magic, ou Nirvana Audio. É um dispositivo USB que diz usar física quântica pra melhorar o som. E o mais louco: você nem precisa conectar — só de deixar ele perto do seu equipamento, já era pra melhorar o áudio.

Oh Hyuk: É, esse tem sido um dos assuntos que mais temos falado ultimamente.

Kuo: Vai além da inteligência artificial. Tá tipo 50 anos na frente da IA. É quase como o gato de Schrödinger — se você não observar, não sabe se tá funcionando ou não. Tudo depende da sua fé. Pode ser só psicológico, mas é isso que torna tudo mais interessante.

Oh Hyuk: No fim das contas, é basicamente uma questão de fé [risos].

Nos bastidores da turnê AAA. Fotografado por Dasom Han.

Algum artista novo chamou a atenção de vocês recentemente?

Oh Hyuk: Conheci recentemente um cara jovem chamado Jose Wong, de Hong Kong — a banda dele se chama ABCD. Ele tem só 23 ou 24 anos, mas já tem uma visão muito afiada. Ouvi dizer que ele trabalhou com design pra MSCHF, e toda a abordagem dele é bem inovadora.

O pop-up da AAA contou com colaborações de várias marcas de moda. Parece que vocês tiveram um papel na curadoria. O que fez vocês escolherem essas marcas em específico?

Oh Hyuk: Sim, fizemos o pop-up inspirado em tênis de mesa no Japão, Seul e Taiwan. Antes desse projeto, eu não conhecia muito a cena de streetwear em Taiwan, mas no final acabei me apaixonando pelas marcas de lá. nul1.org, LTTT, Plateau Studio, Wisdom e PRETTYNICE — todas estão fazendo coisas interessantes, acho que trazem algo novo pra cena. Foi muito legal colaborar com elas.

O que vocês acharam da crítica do Derrick Gee?

Oh Hyuk: Alguém me mandou, e no começo os views estavam normais. Aí, do nada, explodiu. Ouvi dizer que depois da crítica dele, a faixa “Aaaannnntttteeeennnnaaaa” — que é basicamente uma versão desacelerada de “Antenna” — virou a música mais ouvida do álbum. Então, fica aqui meu salve pro Derrick Gee [risos]. É raro algo assim acontecer, ainda mais com música ambiente. Essa versão nunca foi feita pra ser um hit — ela é lenta e quase ninguém pararia pra escutar. Mas olha só onde chegamos.

Kuo: Na verdade, tudo começou com um erro. Tem uma função no Pro Tools que permite desacelerar a faixa pela metade pra checar pontos de edição. Nosso engenheiro, o James, usou isso enquanto ajustava umas coisas, e quando a gente ouviu, pensamos: “Uau, isso soa muito legal.” A desaceleração digital destacou vários detalhes inesperados — os graves ficaram mais intensos, parecia até uma massagem no ouvido. A gente acabou abraçando a ideia, mas reorganizamos bastante coisa. Não foi só desacelerar e pronto — adicionamos camadas e reconstruímos tudo a partir disso. Mas, sinceramente, música ambiente não costuma ter hits. Os únicos que chegam perto disso são o Music for Airports, do Brian Eno, ou alguma coisa do John Cage.

Imagens dos bastidores da turnê AAA. Fotografadas por Dasom Han.

Ouvi dizer que AAA significa “Access All Areas”, como um símbolo do esforço de quebrar barreiras culturais. Vocês acham que essas barreiras ainda existem em 2025?

Kuo: Ainda existem, sim, mas acho que a música tem um poder único de atravessá-las. É quase como uma linguagem inferior — algo que existe abaixo das palavras. Mesmo que a gente não tenha o mesmo histórico ou cultura, ainda dá pra se conectar de forma profunda através do som.

Mesmo entre a Coreia e Taiwan, há diferenças culturais pequenas, mas perceptíveis. Por exemplo, na Coreia, quando uma banda termina um ensaio ou uma gravação, é obrigatório sair pra comer junto — não tem como escapar. Em Taiwan, a gente também faz isso às vezes, mas a pressão não é tão forte. Não é algo bom nem ruim — só um reflexo de histórias e tradições diferentes.

Mas, no fim das contas, a música ultrapassa tudo isso. Uma canção feita por um time da Coreia e de Taiwan pode tocar ouvintes no Japão, na Tailândia ou em Singapura. Essa é a beleza: a música circula livremente pelas fronteiras, mesmo quando as pessoas não conseguem.

Vocês estão no meio de uma turnê. Quais são os planos pro restante do ano?

Oh Hyuk: No momento, estamos focados em trabalhar no nosso novo álbum. Depois que a turnê acabar, vamos mergulhar de vez nesse processo e, com sorte, seguir direitinho o cronograma de lançamento. É um período corrido — depois que lançarmos os novos álbuns do HYUKOH e do Sunset Rollercoaster, talvez a gente comece o Capítulo 2 do AAA.



Por: Hyunji Nam
Fotografia: Dasom Han, Zhong Lin
Participações: HYUKOH, Sunset Rollercoaster
Data: 9 de abril de 2025

terça-feira, 5 de agosto de 2025

MODELPRESS | Haruma Miura fala como foi sua conversa com HYUKOH

 Este é um trecho de uma entrevista que é de propriedade de ModelPress, feita em Julho de 2018, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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O ator Haruma Miura (28) participou de uma conversa especial com a banda sul-coreana de quatro integrantes HYUKOH, responsável pela música tema do drama original da Paravi, tourist ツーリスト, em comemoração à estreia da série.

Mesmo com a agenda cheia, Miura encontrou um tempinho para viajar até a Coreia, onde também aproveitou para curtir a gastronomia local.

Na Modelpress, você confere com exclusividade cliques de bastidores que mostram o lado mais natural e descontraído de Miura, junto com comentários inéditos do ator.
<Parte final>

Haruma Miura aproveita a Coreia: “A sobremesa de pêssego estava deliciosa”

Durante seu encontro com a banda sul-coreana do momento, HYUKOH, Miura compartilhou suas ideias sobre atuação e criação artística. Mesmo com abordagens diferentes — ele no teatro e no cinema, eles na música — o papo fluiu como uma troca entre artistas que se expressam cada um à sua maneira.

Ao ser perguntado sobre a experiência, Miura respondeu com carinho:
“Foi um momento maravilhoso. Me senti muito inspirado por ver esses jovens artistas — mais novos que eu — sendo uma banda única e com tanto destaque no cenário mundial. Quando os conheci pessoalmente, percebi que eles também têm um lado tímido, bem da idade deles, e isso me deixou com uma sensação acolhedora.”

Entre os momentos mais marcantes, ele destacou uma história curiosa:
“Achei muito interessante quando o vocalista, Hyuk, contou que numa época em que brigou com os outros membros da banda, ele veio ‘fugido’ pro Japão. E que foi justamente nesse período, vivendo aqui, que ele se inspirou e acabou compondo a música ‘Tokyo Inn’. Me fez pensar como até os momentos de fuga podem dar origem a algo criativo. Tudo tem um significado.”

MODELPRESS | Conversa entre Haruma Miura e HYUKOH - O ator Haruma Miura e seu método detalhista para criar personagens — o segredo da técnica vocal para buscar a “performance perfeita”

  Esta entrevista é de propriedade de ModelPress, feita em Outubro de 2018, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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Haruma Miura × HYUKOH (foto divulgada)

O ator Haruma Miura (28) participou de uma conversa especial com a banda sul-coreana HYUKOH, responsável pela música tema do drama original da Paravi, tourist ツーリスト, em comemoração à estreia da série.
<Parte 2 da entrevista>

Pergunta do HYUKOH: "Quando você interpreta alguém feliz, você realmente se sente feliz também?"

Haruma Miura × HYUKOH (foto divulgada)

Atuando como entrevistador, Miura mergulhou fundo nas raízes e na sonoridade do HYUKOH, banda que vem expandindo seu alcance não só na Coreia, mas também ao redor do mundo. Na segunda metade da conversa, foi a vez do HYUKOH fazer perguntas ao ator Haruma Miura.

Lim Hyunjae perguntou:
“Quando você interpreta alguém feliz, você realmente se sente feliz também?”

Miura respondeu com sinceridade:
"Mesmo sendo uma experiência meio simulada, acabo sim sentindo meu coração aquecer. Muitas vezes, mesmo depois do 'corta!', fico sorrindo, com o rosto todo relaxado. Mas… por outro lado, passado uns 30 minutos, uma hora, começo a comparar com a minha realidade e pensar: ‘Talvez eu não seja tão feliz assim’, e isso acaba me deixando pra baixo..." — revelou, mostrando toda a sensibilidade e complexidade emocional do seu processo de atuação.

Haruma Miura × HYUKOH (foto divulgada)

Na sequência, Oh Hyuk perguntou:
“Ao atuar, você precisa interpretar um personagem criado. Mas até que ponto você realmente precisa se tornar esse personagem?”

Miura respondeu com profundidade:
"Quando eu era mais novo, não pensava tanto nisso… Mas hoje em dia, como ator profissional, me interesso bastante em tentar encontrar dentro de mim emoções parecidas com as do personagem que estou vivendo. Também gosto de imaginar como seria o dia a dia dele, sua vida pessoal, e viver por um tempo com essa perspectiva.”

Ele explicou seu processo de atuação como algo próximo da chamada “interpretação por imersão” — em que o ator se entrega profundamente ao personagem, quase como se fosse possuído por ele.

Sempre buscando dar o seu melhor, Miura continua explorando novas possibilidades e formas de se superar.

Haruma Miura × HYUKOH (foto divulgada)

Por outro lado, Miura também refletiu com sinceridade:
"No palco ou diante das câmeras, eu não quero mentir — mas, no fim das contas, sou humano. Acho que o estado físico ou emocional do dia acaba influenciando a atuação."

Ele contou que, quando sente que não vai conseguir alcançar a "interpretação perfeita" de uma cena, busca outras formas de chegar lá:
"Nessas horas, por exemplo, variar a forma como eu coloco o ar na barriga e o tom da voz — se mais agudo ou mais profundo — tem me ajudado muito. Ultimamente, tenho sentido que isso acaba sendo uma pista importante na hora de construir um personagem."

E completou, com brilho nos olhos:
"Existe uma certa euforia quando consigo usar essa técnica. É algo que acho realmente fascinante."

Ao ouvir isso, Hyuk comentou com empatia:
"Como eu canto músicas que eu mesmo compus, acho que a diferença entre nós é que, no meu caso, não preciso manter um estado contínuo como o Haruma. O foco está em me concentrar naquele exato momento em que estou cantando."

Mas o que mais tocou Hyuk foi a fala de Miura sobre não querer atuar de forma mentirosa:
"Isso me pegou muito. Nós também não queremos fazer shows falsos. Queremos sempre dar o nosso melhor e mostrar nosso verdadeiro eu para quem está na plateia. E, pra isso, a gente também estuda, treina, busca melhorar... Nisso, acho que somos bem parecidos."

Hyunjae também fez uma reflexão profunda:
"Acho que tanto a música quanto a atuação são formas de buscar possibilidades. O fato de o Haruma explorar tons de voz que normalmente não usa para interpretar um personagem mostra isso — essa busca por algo novo. Só porque algo é familiar, não quer dizer que vá trazer os melhores resultados. Continuar testando e desafiando novos caminhos é essencial. E, sinceramente, acho que esse tipo de coisa não se aprende com os outros. É algo que você percebe por conta própria, e expressa no momento. Essa parte é algo que nos conecta."

Haruma Miura × HYUKOH (foto divulgada)

Ao final da conversa, Hyuk comentou:
"Achei que seria uma entrevista leve, mais descontraída, mas acabou sendo um papo bem mais profundo do que eu esperava — e foi muito divertido. Tinha várias coisas sobre a profissão de ator que eu tinha curiosidade, então foi ótimo poder conversar sobre isso. E também foi legal perceber que, no meio da conversa, encontramos vários pontos em comum entre nós."

MODELPRESS | Conversa entre Haruma Miura e HYUKOH: encontro ao vivo com a banda mais hype da Coreia — como surgiu esse som único que EStá conquistando o mundo e o que vem por aí

 Esta entrevista é de propriedade de ModelPress, feita em Setembro de 2018, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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Haruma Miura bate um papo com a popular banda sul-coreana HYUKOH (foto divulgada)

O ator Haruma Miura (28) bateu um papo com a banda sul-coreana de quatro integrantes HYUKOH, que assina a música tema do drama original do Paravi, ‘tourist ツーリスト’, lançado em comemoração à estreia da série. Esse drama é um marco, pois será transmitido simultaneamente em três canais diferentes — TBS, TV Tokyo e WOWOW — pela primeira vez na história.

No Model Press, vamos mostrar em três partes — começo, meio e fim — essa conversa exclusiva entre Miura e HYUKOH, feita lá na Coreia, junto com cenas do Miura aproveitando a culinária local. Tudo isso em um programa original do Paravi.
Aqui vai a primeira parte!

Haruma Miura encanta três mulheres em ‘tourist ツーリスト

Primeiro episódio do drama original da Paravi, tourist ツーリスト — “Capítulo Bangkok” (foto divulgada)

Haruma Miura conversa com o HYUKOH sobre a origem única da banda e sua visão criativa

HYUKOH (foto divulgada)

Responsável por músicas como "Comes And Goes" e "LOVE YA!" na série, o HYUKOH é uma banda sul-coreana de quatro integrantes que estreou no outono de 2014. Formada por colegas nascidos em 1993 — Oh Hyuk (vocal/guitarra), Lim Hyunjae (guitarra), Im Donggun (baixo) e Lee Inwoo (bateria) — o grupo logo chamou atenção pelo som refinado, a voz com um toque blueseiro e um estilo visual bem marcante.

O primeiro álbum completo, “23”, lançado em abril do ano passado, foi um sucesso na Coreia. Na sequência, a banda embarcou numa turnê mundial com cerca de 30 shows. Agora, em outubro, eles estão se preparando para a turnê japonesa “24 Tour JAPAN ~HOW TO FIND TRUE LOVE AND HAPPINESS~”.



A conversa começou num clima bem leve e descontraído, com Miura dizendo: “Fico muito feliz de estar aqui com vocês hoje”, e o HYUKOH respondendo: “Muito obrigado”.

Depois de assistir ao trailer que incluía a música tema, Hyuk comentou sem rodeios: “Seu rosto é muito bonito”, deixando Miura visivelmente envergonhado. Ele respondeu, rindo: “Fico sinceramente feliz, muito obrigado (risos)”.

Clima leve e cheio de risadas durante a conversa (foto divulgada)

Miura comentou:
“As músicas que o HYUKOH fez combinaram perfeitamente com o universo de ‘tourist ツーリスト’. Senti que elas deram ainda mais força à nossa história. Sou muito grato por isso, e pessoalmente também tenho muito interesse no trabalho e nos planos futuros de vocês.”

Assumindo o papel de entrevistador, Miura foi fundo no papo sobre a origem da banda e o processo criativo por trás das músicas. Cada integrante tem um perfil bem diferente: Inwoo, por exemplo, já foi produtor de hip-hop e hitmaker, enquanto Hyuk estudou artes na faculdade. Os quatro, com trajetórias distintas, começaram a banda do zero — sem contatos, sem rede, sem atalhos.

Hyuk explicou:
“Acho que o que a gente tinha em comum era justamente o fato de não querer seguir o caminho tradicional das bandas.”

Ao ouvir isso, Miura respondeu com curiosidade:
“Muito interessante. Isso é realmente fascinante.”

Haruma Miura, com seu olhar de artista, vai fundo na essência do HYUKOH (foto divulgada)

Falando sobre o som único da banda, Hyuk comentou:
"Perguntam muito pra gente: 'Qual é o gênero de vocês?'… Mas, pra ser sincero, nem a gente sabe ao certo. A gente gosta de rock, então acho que tudo parte daí e vai se desdobrando em outras coisas."

Quando Miura perguntou como eles lidam com bloqueios criativos, Hyunjae respondeu:
"Quando sinto que minha criatividade está travada, simplesmente ouço muita música. Acho que é algo que não se resolve conversando com alguém — é uma questão interna."

Miura concordou na hora, dizendo:
"Total. Quando a gente trava ou tá meio pra baixo, no fim das contas, só a gente mesmo pode resolver. E acho que pra encontrar uma saída, o melhor jeito é continuar em contato com aquilo que a gente ama. No meu caso, continuar indo ao teatro, assistindo musicais e peças me dá esse gás pra seguir em frente."


A música do HYUKOH tem conquistado o mundo, seja por colaborações internacionais como essa com tourist ツーリスト, seja pelas turnês globais. Sobre isso, Hyuk comentou:
"Desde o começo, acho que a gente já tinha naturalmente esse desejo de que pessoas de fora da Coreia também ouvissem nosso som. Claro que seria ótimo falar a língua de cada país, mas sinceramente, não acho que a barreira do idioma seja algo tão difícil ou limitador assim."

Quando Miura perguntou sobre os sonhos e planos da banda para o futuro, Hyuk respondeu com firmeza:
"Tem uma coisa que nunca mudou desde que começamos: a vontade de fazer algo interessante, com estilo, e continuar nisso por muito tempo."

※Continua na parte 2. (Redação Modelpress)

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