Este artigo é de propriedade de Eyesmag, feita em Maio de 2025 por Jang Ji-eun, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.
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Comentário do Editor
O Balming Tiger é um time imprevisível. Mais do que um simples coletivo, eles funcionam como um grupo de artistas que sempre surpreende com resultados únicos, mostrando sua sensibilidade própria.
Antes do show chamado “Pigeon&Plastic”, encontramos eles em meio à correria dos preparativos. Como será esse palco que mistura energias diferentes, fluídas mas ao mesmo tempo diretas?
Nas histórias que o Balming Tiger compartilhou sobre o espetáculo, há pistas para já imaginar como será essa apresentação.
— Essa é a primeira vez que vocês conversam com os assinantes da Eyes Magazine. Podem fazer uma breve apresentação?
Olá! Somos o Balming Tiger, um grupo de K-POP alternativo.
— O que tem deixado o Balming Tiger mais ocupado ultimamente?
Estamos nos preparando para nosso show solo que vai rolar nos dias 28 e 29 de junho. O nome já desperta curiosidade: “Pigeon&Plastic”.
Como é uma proposta nova para a gente, o processo de preparação teve seus altos e baixos, mas acreditamos que o público vai se divertir bastante e curtir essa experiência diferente.
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CAMWUS |
— O nome “Pigeon&Plastic” já chama atenção por si só. Qual é o significado por trás desse título?
A gente se inspirou na música “Pigeon and Plastic”, que faz parte do nosso primeiro álbum completo, January Never Dies. E esse também é o título do “filme” que serve de pano de fundo para o show.
— Ouvi dizer que esse show vai mostrar todo o poder criativo do Balming Tiger.
A direção do espetáculo ficou por conta dos nossos membros San Yawn e Janqui. A ideia não era só fazer um show com as músicas tocadas em sequência, mas criar algo que parecesse uma narrativa — como se fosse uma história mesmo.
Desde o começo, a gente pensou no conceito como se estivesse produzindo um clipe ou até um filme. Nos dedicamos muito para que a parte criativa, a direção, a narrativa e a performance se misturassem de forma natural, equilibrando bem o ritmo e o fluxo do show.
- Ouvi dizer que essa apresentação tem um clima grandioso que só dá pra ver nesse show.
Esse palco tá com uma pegada de cinema mesmo — o cenário principal parece que foi tirado direto de um set de filmagem. A estrutura do show todo foi pensada pra conectar de forma orgânica o cenário, o making of que passa nos telões (o famoso VCR) e a nossa performance ao vivo. As cenas do vídeo e o que rola no palco se misturam tão naturalmente que o público vai ter a sensação de que não existe mais limite entre o que é tela e o que é palco. E além disso, a gente preparou várias surpresinhas e ideias novas espalhadas pelo show. Então, se puderem ver ao vivo, vai ser bem mais daora perceber como cada detalhe se encaixa e acontece na hora.
- Quando vocês começam a preparar uma turnê ou show, tem alguma etapa que vocês sempre fazem primeiro?
A parte criativa do conceito geral vai rolando junto, mas o primeiro passo real, mesmo, é sempre o rearranjo das músicas com a banda. Pra esse show, a gente tá com um time de peso — Omega Sapien, bj원진, sogumm, Mudd the Student — e, claro, com o diretor musical Kim Hanjoo liderando tudo. A banda ainda conta com o Lee Suho, Jeon Iljun, Jinsil, Meolsoo e Sheeps, todo mundo junto. A gente pega as músicas originais, cada uma com a sua vibe, e dá uma nova cara nelas pro palco com a banda. É nesse processo de rearranjar e entrar em sintonia que tudo realmente começa pra gente.
-Ouvi dizer que esse show também contou com uma equipe de colaboração de peso.
Os músicos da nossa banda, que já mandam super bem e têm um talento absurdo, estão todos de volta nesse show também. E, especialmente dessa vez, tivemos a honra de trabalhar com o Kim Hanjoo como diretor musical e a diretora de arte Ryu Seong-hee no visual da apresentação.
O Kim Hanjoo é músico da banda Silica Gel, mas também atua com trilhas e colaborações no cinema — um cara versátil e muito talentoso. Nesse show, além de participar do rearranjo de várias músicas, ele assumiu a direção musical. A relação com ele já vem de antes, aliás — ele foi o band master no nosso primeiro show solo, o Balming Tiger World Expo 2024. E agora, mais uma vez, ele se dedicou de coração ao projeto. Pode esperar um show com uma pegada nova no formato de banda.
E uma coisa que foi realmente uma honra pra gente: a Ryu Seong-hee, que é simplesmente um dos maiores nomes da direção de arte do cinema coreano, topou participar do nosso show pela primeira vez. Ela assinou o visual de filmes como Oldboy, O Gosto da Vingança, O Hospedeiro, Sede de Sangue, Mother, A Criada e Decisão de Partir. Recentemente, ela também trabalhou na direção de arte do drama Quando a Vida Dá um Tempo. Ter uma artista com um olhar tão refinado e premiado — e que aceitou fazer sua estreia nesse tipo de projeto com a gente — foi realmente algo muito especial.
- Teve alguma coisa que te marcou nesse trabalho com eles?
Algo que é bem característico do trabalho da diretora Ryu
é o uso de padrões (patterns) nas artes visuais. E, pro nosso show, ela criou um padrão exclusivo só pra gente. O jeito como isso foi integrado ao palco... bom, é melhor ver com os próprios olhos no dia da apresentação. Vai valer muito a pena.
- E a colaboração com a IU? Conta como começou e como foi trabalhar juntos.
Coincidentemente, eu tava assistindo ao drama Quando a Vida Dá um Tempo quando a IU entrou em contato com a gente, enquanto ela tava preparando o projeto 꽃갈피 셋 (Kkotgalpi 3). Foi ela quem procurou a gente primeiro, e a proposta era reinterpretar Miin, um clássico do mestre Shin Joong-hyun, que a gente respeita demais. Trabalhar nessa nova versão da música com ela foi uma experiência muito divertida e gratificante.
- Teve alguma história marcante durante os preparativos?
O San \yawn e o Jan’qui, enquanto trabalhavam no enredo, chegaram a atuar as cenas na frente da equipe e da produção pra explicar melhor a ideia. Foi tão vívido e engraçado que a galera até aplaudiu. E o mais legal é que, com o tempo, a sintonia entre eles na atuação só foi melhorando.
- Como o grupo tem pessoas com personalidades fortes, rola atrito às vezes?
No começo, a gente até sentia umas diferenças. Mas hoje em dia, a gente se conhece tão bem, tipo família mesmo, que quase não rola conflito. Ainda assim, o Sanyawn, o Omega Sapien e a sogumm costumam ser os que têm as opiniões mais firmes.
- Antes de subir no palco, vocês têm algum ritual ou promessa entre si?
Bem na hora do show, a gente se junta em círculo, faz um trancinho de ombro com ombro e faz uma oração juntos, como uma forma de se concentrar e alinhar as energias pro que tá por vir.
- O que vocês gostariam que o público sentisse depois de assistir a esse show?
A gente quer que todo mundo curta ao máximo ali, dançando, cantando junto, entrando de cabeça no nosso universo. E, quando estiverem voltando pra casa, que fiquem com aquela sensação meio estranha e grudada na mente, tipo uma coisa que não dá pra explicar direito, mas que faz pensar de novo e de novo.
- Na opinião de vocês, por que os shows do Balming Tiger são considerados “diferentões”?
Acho que é porque a gente não se prende a formatos nem regras — é tudo feito de forma livre, meio “sem raiz” mesmo. Essa vibe mais solta permite que a gente experimente e mostre várias caras diferentes. Talvez seja por isso que tanta gente curte o que a gente faz.