Esta entrevista é de propriedade de CAM feita em 25 de Novembro de 2025. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.
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O membro do Balming Tiger, Mudd the Student, finalmente retorna com seu primeiro álbum completo, 'LAGEON'. Composto por 14 faixas, este projeto é um registro nascido no ponto onde sua identidade complexa e o espírito da época se cruzam. Assim como resgatar o nome de uma pequena loja que seus pais administravam no passado, ele reúne os fragmentos que o formaram e os reorganiza na forma de música.
Enquanto buscava seu próprio som, o tempo passou de maneira caótica. E todo esse processo acabou sendo um caminho inevitável para que ele pudesse entender a si mesmo. Ao mesmo tempo, os sete videoclipes lançados junto ao álbum expandem o universo de Mudd the Student para outra dimensão, completando 'LAGEON' através de uma linguagem além da música.
Em 2025, Mudd the Student ainda está explorando quem é. Mas uma coisa é certa: ele continua construindo seu próprio mundo, devagar, com clareza e sem jamais parar.
Prazer em conhecermos você. Pode fazer uma breve apresentação?
Olá. Eu sou o Mudd. Meu primeiro álbum completo, 'LAGEON', foi lançado.
Como você deve ter estado ocupado preparando o álbum, queria saber como anda sua rotina recentemente.
Primeiro, eu estava muito ocupado com a etapa de masterização. Eu precisava passar para a mixagem, mas (no momento da gravação) ainda tinham músicas cujo arranjo não estava finalizado, então o cronograma ficou meio apertado e caótico. E, logo depois disso, eu tive que começar os trabalhos do Balming Tiger imediatamente, então estou passando por um período bem corrido e confuso.
Acho que muitos ouvintes vão ficar curiosos sobre o título do álbum 'LAGEON'. O que significa?
'LAGEON' era o nome do restaurante que meus pais tinham quando eu era pequeno. Não tem um grande motivo, eu simplesmente gostei do som do nome e usei.
Se fosse descrever este álbum em uma frase ou em uma única palavra-chave?
Acho que algo como “eu e a internet”.
Qual foi o sentimento ou pensamento que mais veio à tona enquanto produzia este álbum?
Até agora, nos álbuns que fiz, havia muitas músicas mais leves e esperançosas, e, de certa forma, várias delas observavam a sociedade a partir do olhar de uma criança.
Mas desta vez, eu queria falar a partir da mentalidade e da posição de alguém que se tornou adulto. Então tentei colocar de forma honesta sentimentos como a letargia ou a tristeza que eu estava sentindo na época.
Quando eu era criança, sentia que vivia em um mundo onde todos os dias eram empolgantes e felizes. Mas agora percebo que me tornei alguém capaz de encarar até mesmo as dores de frente. Eu queria colocar esses pontos no álbum sem esconder nada.
Trabalhei com o desejo de que isso pudesse oferecer um pequeno conforto para quem passa por sentimentos parecidos com os meus.
Durante a produção do álbum, houve alguma música em que você ficou preso por mais tempo ou trabalhou mais?
Há uma faixa chamada “Best Thing”, e só a versão de arranjo dela teve, pelo que me lembro, umas 20 versões.
A versão que entrou no álbum é bem calma e minimalista, mas originalmente era uma música com muitos instrumentos e bem barulhenta, no estilo noise rock.
Ao longo do processo de arranjo, passei por inúmeras tentativas e erros até que ela chegasse a essa versão mais minimalista.
Sendo seu primeiro álbum completo, não foi difícil conciliar esse trabalho com as atividades do Balming Tiger?
Pra ser sincero, era um cronograma que tornava impossível fazer o álbum sem literalmente arrancar tempo daqui e dali enquanto fazia as atividades do Balming Tiger.
Então sim, teve muitos momentos difíceis e cansativos, mas acredito que consegui dar conta de tudo de alguma forma.
Além disso, muita gente deve estar curiosa sobre o lineup de participações. Poderia apresentar rapidamente?
Na verdade, conheci os três artistas que participaram do álbum pela internet.
No caso de Harto Falión e that same street, eu já estava de olho no trabalho deles, e por sorte consegui entrar em contato primeiro online, então começamos a trabalhar juntos.
Quando fui ao Japão gravar o clipe de “Undertaker”, convidei o that same street para se encontrar comigo e ele acabou participando do clipe também.
E o Parannoul sempre foi um amigo próximo desde antes, e achei que combinava muito com o tema e o clima do álbum, então o convite aconteceu naturalmente.
Por fim, há algo que gostaria de dizer aos fãs?
Queria que este álbum fosse sentido como se fosse a história de cada um de vocês.
Claro, existe a intenção que eu coloquei nele, mas acho muito interessante quando cada pessoa interpreta à sua própria maneira.
Então espero que quem ouvir possa apreciar o álbum pensando nele como a sua própria história.
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