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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

INTERVIEW | "Um Clima Feliz e Meio Fedido": Uma Noite em Seul com Hyukoh e Sunset Rollercoaster

Esta entrevista é de propriedade de Interview feita em 8 de Novembro de 2024 por Lily Kwak. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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Hyukoh e Sunset Rollercoaster, fotografados por Dasom Han

Se você liderar um grupo de 40 pessoas no coração de Taipei, pode ser um guia turístico. Ou pode estar em turnê com as bandas indie Hyukoh e Sunset Rollercoaster, que acabaram de hipnotizar os fãs com dois shows lotados consecutivos em Seul e Taipei. Para comemorar, a trupe diversa se reuniu em um bar underground chamado The Fucking Place. “Quase tive um TEPT,” brinca Kuo-Hung Tseng, vocalista do Sunset Rollercoaster.

Mas os sonhos verdadeiros de Kuo e Oh Hyuk, líder do Hyukoh, estão longe dali — em algum lugar nas montanhas do Camboja indígena, onde eles se transformam em marcianos punk rock armados com saxofones, acordeões e autoharpas elétricas. O álbum psicodélico colaborativo AAA é o resultado de um hiato de quatro anos, que começou como uma jam session e evoluiu para uma obra marcante com oito faixas que sonha em três idiomas, estética à la Wong Kar Wai, mandopop, estilo de rua colombiano e muito mais.

No mês passado, durante uma chamada no Zoom, os dois vocalistas revelaram as inspirações por trás do estilo eclético, seus hábitos de bebida e o que escutam na estrada — além do motivo pelo qual Kuo está ansioso para voltar a Bangkok.

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KWAK: De onde vocês estão falando?

KUO: Estou falando da China.

OH: De Seul.

KWAK: Qual é o seu bairro favorito em Seul?

OH: Tem uma área chamada Yeonhui. Muita gente conhece Hongdae. Mas hoje em dia lá tá bem turístico, então todas as lojinhas legais e charmosas se mudaram pra uma área chamada Yeonnam, que fica ao sul de Hongdae. E “hui” significa oeste, então Yeonhui fica logo a oeste de Yeonnam.

KWAK: Ah, legal. Então vocês acabaram de passar pelas bases principais, Seul e Taipei, com shows lotados em locais gigantes. Como foi isso?

OH: Foi muito bom. A gente não fez turnê nos últimos quatro anos, então eu tava um pouco nervoso, mas de alguma forma deu tudo certo. Tô super feliz com isso.

KWAK: Alguma interação memorável com fãs nessas duas cidades?

OH: Lembro de uma mulher que escreveu alguma coisa e ficou me mostrando. Ela escreveu: “Por favor, me dá sua palheta de guitarra.” Aí tentei jogar pra ela, mas meio que deu errado. Então não sei o que aconteceu depois.

KUO: Eu lembro disso! Você precisa acertar um ângulo especial pra garantir que a palheta gire e voe longe o suficiente.

KWAK: Vocês têm 10 pessoas entre as duas bandas e 45 pessoas na lista da turnê. Vocês fazem jantares em família? Parece tipo um acampamento de verão? Qual é o clima?

KUO: Eu quase tive TEPT depois de sair com esse grupão todo. Lembro que, depois do show em Taipei, tentei levar todo mundo pra um clube underground de techno chamado Pawn Shop. Mas eles têm uma política super rígida de segurança e revista, então não sabia como ia conseguir levar todo mundo pra esse lugar. No fim, a gente foi pra outro bar underground chamado The Fucking Place.

OH: Todo mundo tava bêbado e fumando lá dentro. Era tipo um clima feliz e meio fedido.

KUO: É exatamente como ir a um churrasco coreano, cheio de fumaça da grelha.


KWAK: Adorei isso. Bem a cara da Coreia: comer, beber e fumar. O que vocês aprenderam um sobre o outro desde que começaram a turnê?

KUO: Acho que estamos na mesma idade mental, mas fisicamente minha idade corporal é uns 37, enquanto os membros do Hyukoh têm uns 30. Depois das 3 da manhã, já fico tipo “Caramba, não tô mais aguentando acompanhar.”

KWAK: Vocês têm algum ritual antes do show?

KUO: A gente sempre toma um shot juntos.

KWAK: E o que vocês bebem?

KUO: Alguns bebem gin, outros bebem uísque.

OH: Algo forte.

KWAK: Quando vocês se conheceram, tudo começou com uma jam session e acabou virando um álbum com oito faixas. O que chamou a atenção no trabalho um do outro quando se conheceram?

KUO: Acho que nunca estabelecemos metas ou dividimos o trabalho de forma rígida. Por exemplo, alguém prepara um demo, outro cria uma melodia. A gente só entra no estúdio e tenta se divertir. Todo mundo naturalmente encontra sua função. Quando estamos improvisando, alguns tentam criar uma visão geral, enquanto outros só ficam curtindo o momento, tocando acordes altos de guitarra sem se importar. Mas mesmo assim, a música sai boa, e isso é muito divertido.

KWAK: As capas dos álbuns e os videoclipes de vocês são super envolventes. Em uma imagem, vocês aparecem como moradores indígenas das montanhas, e em outra como seres extraterrestres. Qual foi o processo de criação dessas ideias?

OH: A capa do álbum do ano passado foi feita por um cara chamado Chanhee e um grupo chamado Balming Tiger, da Coreia. Eu e o Chanhee criamos essas imagens usando IA. No total, fizemos quase 157 imagens. Tem a capa principal e a capa do vinil, que é um pouco diferente, e ambas vieram dessas imagens estranhas geradas por IA.

KWAK: Também adorei os coques laterais que aparecem em um dos clipes de vocês. Me lembrou de um filme mexicano que assisti há alguns anos chamado Não Estou Mais Aqui. Tem um clima bem parecido. De onde veio essa inspiração?

OH: Na verdade, é desse filme mesmo.

KUO: Bingo!

OH: É, bingo. Eu assisti lá por 2020 ou 2021. E naquela época, eu já curtia bastante esse estilo de calças largas e hoodies pequenos. Depois de assistir ao filme, fiquei muito interessado nesse estilo colombiano, tanto na música quanto no que as pessoas que escutam usam. Então usamos um pouco dessa estética no nosso visual.


KWAK: Falando em misturar estéticas diferentes, vi uma música que você produziu com a IU usando amapiano. Você ouve Tyla? A música Water dela é muito inspirada nesse estilo.

OH: Sim, sim.

KWAK: Curte as músicas dela?

OH: A Tyla é super legal. Ela é muito fofa e a música é muito boa. Vi que ela esteve em Seul algumas semanas atrás, mas acabei perdendo.

KWAK: Também queria perguntar sobre o estilo pessoal de vocês. Como descreveriam em poucas palavras?

KUO: Eu ainda sou meio nerd, mas agora estou no final dos meus 30, então meu lado nerd tá ficando um pouco caro. Sou nerd, mas tentando usar um Rolex também. Tô tentando integrar itens de luxo no meu visual diário, meio nerd e zoeiro, e transformar algo caro em algo engraçado.

KWAK: Tipo sátira.

KUO: Isso, sátira. É uma sátira asiática.



KWAK: O que vocês ouviam enquanto cresciam?

KUO: Minha relação com a música era meio estranha porque cresci numa família cristã, frequentando a igreja, e minha mãe trabalhava com a YMCA. Eu ouvia Linkin Park e Limp Bizkit e usava um programa de downloads chamado Kaza. Aí lembro que um professor veio e falou: “Para de ouvir essa porcaria.” Ele começou a me apresentar Bob Marley, Jimi Hendrix e The Beatles. Ele era um cara super branco, mas os olhos dele estavam sempre vermelhos.

KWAK: Quem cuida do som quando vocês estão viajando entre os shows?

KUO: Geralmente, todos nós.

OH: O Kuo me apresentou muitos álbuns e músicas novas, mas não temos tanto tempo para descobrir tudo. Então, acabo ouvindo de tudo. Por exemplo, uma vez, depois do show, fomos ao escritório de música do Sunset e ouvimos Gong Gong Gong juntos. Também Mong Tong e Primal Scream.

KWAK: O que tem no rider da turnê de vocês?

KUO: Um remédio chinês especial chamado Pei Pa Koa. Ele deixa sua garganta super macia e hidratada, e demora dois meses para ser feito. Então sempre tem algo de medicina chinesa por perto. Antes do show, misturamos com água quente, mexemos e bebemos.

KWAK: Quais músicas vocês estão mais animados para tocar? Quais têm as melhores reações?

OH: Para mim, sempre “Clair de Lune” e “Kite War,” que é a primeira faixa.

KUO: A minha é “Citizen Kane,” com certeza. Agora que tô quase nos 37, ela me faz sentir jovem.

KWAK: As músicas de vocês são muito românticas, aliás. São como cartas de amor.

OH: Sim.

KUO: Odeio isso. Brincadeira.

KWAK: Qual lugar vocês estão mais ansiosos para tocar na sequência?

OH: Japão.

KUO: Provavelmente Tailândia. Tive um casamento em Ko Samui há alguns meses e voltei para Bangkok, mas acabei perdendo as joias da minha esposa no restaurante. Então preciso voltar para Bangkok.





Fotografia por Dasom Han

Eastern Standard Times | Hyukoh e Sunset Rollercoaster: A Colaboração Indie do Ano

   Esta entrevista é de propriedade de Eastern Standard Times feita em 5 de Dezembro de 2024 por Andrew Yee. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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Depois de anos trabalhando juntos, as bandas independentes Hyukoh e Sunset Rollercoaster uniram forças pra criar um álbum único, AAA. O Eastern Standard Times bateu um papo com os vocalistas OHHYUK e Kuo sobre a jornada até AAA e o poder da música como uma linguagem universal.


AAA é o álbum colaborativo entre os sul-coreanos do HYUKOH e os taiwaneses do Sunset Rollercoaster. Pra ambas as bandas, o projeto marca o início de uma nova fase, depois de quatro anos longe dos holofotes.

No começo de 2020, os integrantes do HYUKOH e do Sunset Rollercoaster trocaram uma ideia rápida enquanto passavam por Tóquio. A conexão daquela noite, cheia de admiração mútua, rendeu participações nos projetos futuros de cada um. Mas ainda ficou aquela vontade de fazer algo mais integrado. Foi só em 2023 que eles arrumaram tempo pra um retiro criativo único em Gapyeong. Longe de qualquer distração, os dois grupos mergulharam em sessões intensas de jam e improvisação, deixando a inspiração fluir e seguindo o rumo que a música apontava. O resultado foi AAA, que ganhou ajustes ao longo do ano em Seul, na Ilha de Jeju e em infinitas trocas de e-mails.

AAA é um mosaico sonoro cheio de experimentação. Vocais melódicos e uma pegada instrumental psicodélica se entrelaçam lindamente nas oito faixas. Para as bandas, era essencial não ficarem presas a uma narrativa linear. O projeto busca traduzir sentimentos indescritíveis, ultrapassando barreiras culturais e limitações linguísticas. Como uma “trupe de andarilhos musicais” autoproclamada, o coletivo passou os últimos dois meses rodando pela Ásia com sua primeira turnê, levando essas vibes únicas pro palco.

Confira abaixo nossa entrevista com OHHYUK (HYUKOH) e Kuo (Sunset Rollercoaster) sobre AAA, primeiras impressões e o processo de colaboração.

‘AAA’ (foto: cortesia de Hyukoh & Sunset Rollercoaster)


Eastern Standard Times:
Como vocês se apresentariam hoje? Qual é a coisa mais importante que devemos saber sobre quem vocês são atualmente?

Kuo:
Eu me apresentaria como vocalista, guitarrista e produtor musical do Sunset Rollercoaster, além de ser o dono do meu selo, o Sunset Music.

OHHYUK:
Eu sou o OHHYUK, do HYUKOH. Toco guitarra, canto e também sou o produtor da banda. Enquanto ele (Kuo) tem o próprio selo, eu sou do selo DooRooDooRoo e foco principalmente na parte criativa.

Eastern Standard Times:
Quais foram as primeiras impressões que vocês tiveram um do outro?

Kuo:
Tímido, mas corajoso ao mesmo tempo. Ele faz as coisas, só que de um jeito tímido.

OHHYUK:
Muito inteligente, talentoso e esperto. Quando o conheci, percebi na hora que ele era algo bem diferente, e que fazia o trabalho dele muito bem.

Eastern Standard Times:
Os últimos lançamentos de ambos os grupos foram em 2020. Por que este projeto parecia o retorno ideal?

Kuo:
Foi muito empolgante. Desde o início, a gente não esperava que faríamos um projeto tão grande.

A gente achava que ia só fazer umas músicas, talvez duas ou três, um EP pequeno e especial. Mas, aos poucos, as ambições começaram a crescer durante o processo.

OHHYUK:
Eu lembro que, entre 2017 e 2018, de repente começaram a surgir várias colaborações. Eu queria colaborar com outros músicos, mas não queria fazer só um single ou uma faixa. Quando perguntei pra ele (Kuo) se toparia fazer um álbum, ele aceitou. Acho que é uma colaboração muito interessante, algo que eu já estava esperando há um tempo.


Eastern Standard Times:
Vocês ficaram nervosos por voltar a lançar música?

OHHYUK:
Vocês estão nervosos?

Kuo:
Não, nem um pouco.

OHHYUK:
É, eu também não.

Eastern Standard Times:
Quais são as suas lembranças do primeiro retiro de composição no Music Village 1939, em Gapyeong?

OHHYUK:
Ah... a comida era… ruim.

Kuo:
É uma cidade pequena. Acho que nem esperávamos encontrar comida boa por lá, mas no final das contas, acabamos comendo a mesma coisa a semana inteira. Mas, sinceramente, não ligo pra isso, porque de alguma forma conseguimos fazer músicas incríveis. Então, mesmo com a comida ruim, valeu a pena.

Eastern Standard Times:
Como é o processo de criar música com dez músicos diferentes? Vocês abordaram todas as músicas da mesma forma?

Kuo:
A gente criou quatro músicas durante as sessões de jam em Gapyeong. As outras oito foram feitas pela internet, trocando arquivos. Também fomos à casa de um amigo, que tinha um monte de sintetizadores montados, então eu e o OH fizemos uma jam por lá e finalizamos o arranjo de 'Antenna' (ou 'Aaaannnnteeeeennnaaaaaa'). Diria que usamos várias abordagens diferentes pra criar o álbum.

Eastern Standard Times:
Como viajar para Seul e para a Ilha de Jeju influenciou o processo de composição?

Kuo:
Quando fomos pra Ilha de Jeju, o álbum já estava quase finalizado, na verdade. Meio que concordamos em fazer mais uma música lá, mas ainda não sabemos o que vamos fazer com ela.

OHHYUK:
A viagem foi mais como umas férias, na real. Estava nevando, então ficamos presos no Airbnb, mas tinha uma piscina, e ninguém estava nadando. A gente acabou usando a piscina como uma câmara de reverb e gravamos lá dentro e em outros cômodos. Foi bem divertido.


Eastern Standard Times:
O que AAA significa pra cada um de vocês?

OHHYUK:
Algo bom.

Kuo:
Algo confiável, em que dá pra acreditar. É garantia de que o seu tempo será bem gasto.

Mesmo que o inglês não seja nosso idioma nativo, de alguma forma ainda fazemos música em inglês. A gente curte essa abordagem e como tentamos criar um espaço para todas as letras que escrevemos. Tentamos descrever uma situação, mas sem contar uma história fechada, pra que cada pessoa possa projetar sua própria ideia sobre a música ou o álbum.

Acho que AAA tem vários significados e cada um pode dar o seu próprio sentido pra isso. É assim que interagimos com as pessoas.

Eastern Standard Times:
Em uma entrevista de 2020, o Kuo falou sobre a música ser uma linguagem própria que conecta as pessoas. Por que essa ideia ressoa tanto com vocês dois?

OHHYUK:
Porque viemos de origens culturais diferentes. Mesmo que eu fale mandarim, ainda existem pequenas diferenças. Mas a música é bem simples: se você toca algo, sabe na hora se é bom ou ruim. Acho que essa abordagem deixa tudo mais fácil.

Kuo:
Pra mim, música é uma linguagem, sem dúvida. Acho que ela está gravada nos nossos genes ou instintos animais; quando você ouve algo, sente uma resposta emocional. É um tipo de comunicação subconsciente, eu diria. É por isso que acredito que todo mundo tem essa capacidade de se comunicar, seja pela música ou por frequências.
E acho que é daí que vem nossa conexão pra criar música. Nossas frequências, de alguma forma, combinam.

Hyukoh e Sunset Rollercoaster se apresentando em Kuala Lumpur (foto: Dasom Han)


Eastern Standard Times:
Como o público australiano é diferente de outras plateias?

Kuo:
Já estivemos na Austrália antes. Acho que, na Ásia, nossos fãs geralmente são mais quietos, mas toda vez que vamos para países ocidentais, especialmente a Austrália, as pessoas ficam mais empolgadas. A Austrália é meio especial porque mistura elementos de países ocidentais e asiáticos, mas dá pra perceber que as pessoas lá ficam mais animadas.

As pessoas se movimentam mais com a música. Em Taiwan, o público só senta lá e parece que estão nos julgando. Eles estão felizes por dentro, quase explodindo, mas a forma como curtem o show é nos encarando e julgando — e é assim que funciona.

Eastern Standard Times:
Onde vocês gostariam de se apresentar a seguir?

Kuo:
Na Antártica. Tocar pra umas baleias.

OHHYUK:
Na verdade, na Índia.

Kuo:
Ah, é verdade, ele quer ir pra Índia.

OHHYUK:
Nunca fui, então realmente quero fazer um show lá.

Eastern Standard Times:
Qual é uma coisa que ninguém sabe sobre vocês?

Kuo:
Meu aniversário e o do OH são separados por apenas um dia. O meu é 6 de outubro.

OHHYUK:
E o meu é 5 de outubro.

BRUTUS | O futuro do 'som' na Ásia: OHHYUK e Kuo falam sobre os bastidores de AAA

    Esta entrevista é de propriedade de Brutus feita em 19 de Novembro de 2024 por Mikado Koyanagi. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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Foi uma noite incrível. Tenho certeza de que todos que estavam lá pensaram a mesma coisa. O primeiro show do projeto AAA, com as bandas indie que representam a Coreia e Taiwan, Hyukoh e Sunset Rollercoaster. Não era um show de abertura, mas uma apresentação onde todos estavam no palco o tempo todo, e isso foi algo surpreendente. Sem anular as personalidades de cada um, mantendo o estilo rock característico do Hyukoh e a vibe mais melódica do Sunset, a colaboração não só trouxe novos encantos às músicas que criaram juntos, mas também deu uma nova energia ao repertório de cada banda. Foi como ver a vanguarda da música asiática.

Os bastidores do projeto das duas potências da cena indie asiática

AAA foi, sem dúvida, a grande explosão musical vinda da Ásia este ano. No entanto, a colaboração entre Hyukoh, da Coreia, e Sunset Rollercoaster (doravante Sunset), de Taiwan, não surgiu do nada. Conversamos com os vocalistas de cada banda, OHHYUK e Kuo, sobre o caminho que os levou até aqui e sobre o álbum. A partir disso, é possível sentir como a amizade entre esses criadores, que transcende fronteiras e as barreiras entre mainstream e indie, está tornando a música asiática incrivelmente empolgante.


Quando vocês se encontraram pela primeira vez?

OHHYUK
Foi em 2017, quando uma banda chamada The Black Skirts me convidou para assistir a um show do Sunset.

Kuo
Minha impressão do OHHYUK naquela época foi que ele era extremamente tímido (risos). Mas, ao mesmo tempo, muito romântico e com um coração genuíno e sincero.

A primeira colaboração foi em 2020, na música Candlelight do Sunset, onde OHHYUK participou como vocalista convidado, certo?

Kuo
Na verdade, quando estávamos criando essa música, eu fiquei cerca de dois meses em Tóquio. Por coincidência, o OHHYUK também estava em Tóquio na época, em turnê pelo Japão, e acabou acontecendo. A letra da música, assim como a própria composição, foi muito influenciada por essa estadia em Tóquio no início da pandemia de Covid-19.

Depois disso, aconteceu do Sunset fazer um remake de "Help" do Hyukoh, mas o que ainda está fresco na memória é a colaboração na faixa "Come Back to Me" do álbum solo do RM do BTS. Como isso rolou?

Oh Hyuk
O diretor criativo desse álbum, que é o Kang San (ou San Yawn) da banda Balming Tiger, me pediu pra criar uma demo. Eu gravei os vocais, compus a música, e depois deixei o pessoal da Junkyard finalizar.

Kuo
Depois que a pandemia deu uma acalmada, rolou a chance de ir a um show em Seul depois de muito tempo. Foi lá que encontrei o O Hyuk e o Kang San, e me pediram pra participar. Acabei contribuindo com um solo de guitarra bem longo. Na real, foi nesse dia que comentei com o Oh Hyuk sobre como seria legal fazer algo juntos. Só que eu nunca imaginei que isso acabaria virando parte de um álbum.

Então, foi assim que tudo acabou levando ao AAA. Como foi o processo de produção do álbum?

Oh Hyuk
A gente passou uma semana em um lugar chamado Music Village, que fica numa área rural em Gapyeong. Lá, revisitamos umas demos antigas, tipo "Kite War", "Y" e "Young Man", que estavam engavetadas desde 2022. Trabalhamos nelas junto com o Sunset e demos vida às músicas.

Kuo
A gente levou uma demo chamada "Glue". Essa música começou a ser escrita quando estávamos no Coachella, nos Estados Unidos. Na época, nosso manager ouviu e achou que não era tão boa. Mas quando trabalhamos nela juntos, a música ganhou vida de novo e ficou pronta em umas três horas. No geral, contando desde o início até a mixagem, o álbum levou cerca de um ano e meio pra ficar pronto.

O clipe de "Young Man" foi dirigido pelo cineasta japonês Pennacky. E o de "Antenna" contou com a participação de Shu Guanhan, de Taiwan, e Leah Dou, de Hong Kong. Bem impressionante!

Oh Hyuk
Sempre fui fã do Pennacky e já tinha trabalhado com ele em um curta-metragem do meu projeto solo. Além disso, ele tem uma conexão com o Quo, então foi algo natural.

Kuo
"Antenna" é a única faixa do álbum cantada em cantonês. Por isso, quisemos trazer atores chineses de destaque. Por sorte, eu já era amigo desses dois, então foi só pedir. No fim, tudo isso só foi possível graças à ajuda de amigos.

Kuo (à esquerda) e Oh Hyuk (à direita)



『AAA』
Uma colaboração entre Hyukoh e Sunset Rollercoaster. Esse projeto marca o primeiro lançamento em quatro anos para ambas as bandas. O visual do álbum foi criado pelo Oh Hyuk em parceria com Hong Chanhee, do Balming Tiger, utilizando ferramentas de IA para produzir as imagens.



Perfil: AAA
AAA (Triple A) é um novo projeto colaborativo entre a banda indie coreana Hyukoh e a banda taiwanesa Sunset Rollercoaster , que sempre respeitaram e admiraram o trabalho uma da outra. A parceria começou com gravações na Coreia em 2023, resultando no lançamento do álbum AAA em julho de 2024. Atualmente, o grupo está em turnê mundial e, em outubro, realizou dois shows no Toyosu PIT, no Japão (dias 9 e 10), ambos com lotação esgotada e enorme sucesso.

Perfil: Kuo
Kuo é vocalista e guitarrista da Sunset Rollercoaster, banda indie taiwanesa formada em 2009. A banda é referência no cenário musical de Taiwan e ganhou o prêmio de Melhor Banda no Golden Melody Awards, o "Grammy" taiwanês, em 2021.

Perfil: Oh Hyuk
Oh Hyuk é vocalista e guitarrista da banda indie coreana Hyukoh, que está na ativa desde 2014. Durante os shows recentes, surpreendeu o público ao tocar bongô. Ele também tem colaborado com outros artistas coreanos de destaque no cenário internacional, como Yaeji e Peggy Gou.

sábado, 7 de dezembro de 2024

Balming Tiger - Greatest Hits | Álbum completo traduzido para o português

 

- EP lançado em 31 de Outubro de 2024.

 O grupo de K-pop alternativo único no universo, Balming Tiger, lança o EP [Greatest Hits].
 Uma lenda em constante evolução, quebrando recordes a cada momento, uma verdadeira mitologia viva do K-pop alternativo.
 Agora, a essência dessa jornada grandiosa é registrada no tão aguardado álbum especial.
 Todas as icônicas músicas de sucesso que conquistaram o mundo estão reunidas neste marco monumental do Balming Tiger!

- CRÉDITOS

Letras: Omega Sapien, bj wnjn, Mudd the student, Unsinkable, sogumm, Leesuho, Kim Chunchu
Produção: Unsinkable, San Yawn, bj wnjn, Leesuho, sogumm,
Mixagem: Nathan Boddy, Nahzam Sue @ Wormwood Hill Studio
Guitarra: Kim Chunchu
Guitarra gravada por Kim Chunchu @ ormdstudio
Guitarra e baixo por Kim Hanjoo

Produtor Executivo San Yawn
Masterizado por Nathan Boddy
Gravado por Oh Hye Seok @ M.O.L STUDIOS
Som supervisionado por JNKYRD

Arte da capa projetada por Hong Chanhee
Promoção e Marketing por Henson Hwang
A&R por Abyss
Gestão por CAM, Soy Huh




CLIQUE NO NOME DA MÚSICA PRA VER A TRADUÇÃO DE SUA LETRA

Balming Tiger - Spirit Chaebol | Tradução para o português

- 3ª Faixa do EP 'Greatest Hits' do Balming Tiger, lançado em 31 de Outubro de 2024.

- CRÉDITOS 

Letra: Omega Sapien, bj wnjn, Mudd the student, sogumm, Unsinkable, Leesuho
Produção Unsinkable, Leesuho, San Yawn, sogumm
Mixado por Nahzam Sue @ Wormwood Hill Studio
Guitarra por Kim Chunchu
Guitar gravada por Kim Chunchu @ ormdstudio


🎧 CLIQUE AQUI PRA OUVIR! 🎧

📺 ASSISTA O MV ABAIXO! 📺




Spirit Chaebol

Eu tô ansioso demais pra viver a vida
Sou arrogante demais pra aceitar a morte
Acho que vou viver pra sempre
Até você me chamar de volta
É tão estúpido da minha parte
Pensar
Que eu sou melhor que todo mundo
Mas eu sou (O quê, o quê, o quê)
Porque eu sou (O quê, o quê, o quê)

Sr. Impressor de Swag
Bunda grande demais pra caber num sprinter
Tô com a Sra. Misdemeanor
Podia até ter ela no jantar
A vida não é um thriller (Yeah)
Talvez seja um filme de terror
Mas a grama tá mais verde
Ame o que é seu, tipo J. Cole

É tão difícil manter a humildade
Quando sou o melhor desse país
É tão difícil manter a humildade
Até dormindo eu faço grana
É tão difícil manter a humildade
Dá pra perceber pelo selo
É tão difícil manter a humildade
Sou um chaebol espiritual

Sou um chaebol, você sabe o valor
Ela tem ambição, é minha namorada
Digo "um", mas aponto "dois", nunca, jamais
Faço direito, isso não é aniversário

No fundo, somos todos iguais
Vivendo um dia atrás do outro, sem ouvir ninguém, escondidos na fachada
Idiotas brigando por nada, fazem guerra
Dramáticos demais, fazem guerra

Se formos pela ordem, sou mais velho
Não quero forçar e fingir que sou descolado
Isso aqui nem flui, nada de tiki-taka
Reza pras coisas que você sempre quis

Pegue mais, pegue mais, para de falar merda
O som de tudo desmoronando é tic, tic, tic
Eu não sei, nem eu mesmo entendo direito
Mas mesmo assim, brindemos, sem preocupações

Amo você, baby, você
Vivo de elogios seus, é o que me motiva
Amo você, só você
Pra você, só mostro o meu melhor
Erro nenhum é aceitável, nunca

É tão difícil manter a humildade
Quando sou o melhor desse país
É tão difícil manter a humildade
Até dormindo eu faço grana
É tão difícil manter a humildade
Dá pra perceber pelo selo
Vivo de elogios seus

Levanta, levanta
Levanta, levanta

Baby, missão cumprida (Levanta, levanta)
Sabor melhor do que eu esperava
Agora quero seu selo de aprovação (Levanta, levanta)
Faz carinho aqui e ali
Bem de leve
Melhorando
Um dia por vez
Diz pra mim, querida
Estômago cheio de brócolis
Preocupado em virar uma árvore
Quero que você seja minha
Tudo o que é bom
Tudo o que te faz te conhecer melhor
Quero que você seja minha
Tudo o que é bom
Tudo o que te faz te conhecer melhor

É tão difícil manter a humildade
Quando sou o melhor desse país
É tão difícil manter a humildade
Até dormindo eu faço grana
É tão difícil manter a humildade
Dá pra perceber pelo selo
É tão difícil manter a humildade
Sou um chaebol espiritual

Balming Tiger - Cunning City | Tradução para o português

 

- 2ª Faixa do EP 'Greatest Hits' do Balming Tiger, lançado em 31 de Outubro de 2024.

- CRÉDITOS 

Letra: Omega Sapien, bj wnjn, Mudd the student, Unsinkable
Produção: Unsinkable, bj wnjn, Lee Suho, San Yawn
Mixagem: Nahzam Sue @ Wormwood Hill Studio


🎧 CLIQUE AQUI PRA OUVIR! 🎧

📺 ASSISTA O MV ABAIXO! 📺




Cunning City


Vai, vai, vai, vai (Yeah)
Vai, vai, vai, vai (Yeah)
Vai, vai, vai, vai (Yeah)

Escada da hora que eu subi, alto demais
Basta um movimento e vocês ficam hipnotizados
Pescoço de touro, vem, combina com o meu tamanho
Eu só me espreguicei, nem é exercício, mano

Medalhista de ouro, Olimpíada do estilo
K-pop papi, compra os ingressos rapidinho
"Faz melhor", foi o que meu professor me disse
"Sem futuro", pulei até o básico do ABC

(Yeah, yeah) Sem limites garantidos
(Yeah, yeah) Só quero viver solto
(Yeah, yeah) Isso é uma loucura da mente
(Yeah, yeah) Só quero conseguir respirar

Meu estilo, meu swag
Quente demais, tá pegando fogo
Meu estilo, meu swag
Não dá pra tocar nisso, rápido demais
Pode até queimar tudo
Somos todos iguais, complicados demais
Por um fio, a gente quase tropeça, tropeça, tropeça
Meu estilo, meu swag
Quente demais, pegando fogo, queimando

Ayy, qual é o problema com isso?
Vai com calma, hein
Nada tá rolando do jeito que você quer agora
Tá tudo de boa, tranquilo
Eles querem continuar, né? É
Tudo tá do jeito que sempre foi, parceiro
Não preciso de inimigos, não trato ninguém assim
De um lado pro outro, me cutucam sem parar
Mas nunca desisto, minha resistência tá intacta
No fim, o mal cai feito peça de dominó

Onde está o nosso mundo?
Onde estão nossos ideais que viraram falhas? Que ironia cruel
Onde está o nosso futuro?
Onde o nosso tempo se torna solidão? Que ironia cruel
Onde está o nosso mundo?

Meu estilo, meu swag
Quente demais, tá pegando fogo
Meu estilo, meu swag
Não dá pra tocar nisso, rápido demais
Queimando tudo
Meu estilo, meu swag
Quente demais, tá pegando fogo
Meu estilo, meu swag
Não dá pra tocar nisso, rápido demais
Queimando tudo

Balming Tiger - Big Butt | Tradução para o português


- 1ª Faixa do EP 'Greatest Hits' do Balming Tiger, lançado em 31 de Outubro de 2024.

- CRÉDITOS 

Letra: Omega Sapien, bj wnjn, Mudd the student, Unsinkable
Produção: Unsinkable, San Yawn

Mixagem: Nathan Boddy


🎧 CLIQUE AQUI PRA OUVIR! 🎧


📺 ASSITA O MV ABAIXO! 📺


Big Butt


Minha lágrima, acabou de postar
Ela me chama de bombadão
Mentirinhas, nunca são o bastante
A gente tá soltando uma fumaça pesada
Como eu ia notar?
É difícil levantar
Muita coisa no meu copo
Nem sabia que você tinha um bundão

(Não fala comigo como se eu fosse doido)

Quero ter

(Eu queria você até dar um zoom na sua cara)

Quero ter


Eu nem sou tão ruim assim, certo? Tô falando contigo direito?
De onde eu te conheço? Da TV ou de alguma visão?
Ah, burrice minha, meus olhos tão grudados em você
Por favor, continua rebolando como se ninguém estivesse olhando, beleza?
Quero saber mais dessa bunda que parece um solzinho de bebê
Me conta o segredo por trás do seu cristal puro
Você sabe como é te levar pras nuvens nos meus sonhos?
Eu me sinto tipo a Alice no País das Maravilhas

Minha lágrima, acabou de postar
Ela me chama de bombadão
Mentirinhas, nunca são o bastante
A gente tá soltando uma fumaça pesada
Como eu ia notar?
É difícil levantar
Muita coisa no meu copo
Nem sabia que você tinha um bundão

(Não fala comigo como se eu fosse doido)

Quero ter

Quero ter

Como você tá se sentindo?
Quando eu te vejo, fico com aquela sensação
Você gosta de mim de verdade, bebê?
Ah, você tá me deixando maluco
Vai comigo?
Eu confio em tudo em você
Parece magia
É disso que eu tô gostando ultimamente

Você é tipo um mundão
E eu sou um turista
Você é tipo a Torre Eiffel
E eu tô vendendo panfletos

Nem vejo seu bundão
Eu só idolatro ele
Te dou tudo que você quiser
Não me pede nada

Quero ter

Quero ter

Quero ter

Quero ter

Balming Tiger - Hi-Lo | Tradução para o português


- 4ª Faixa do EP 'Greatest Hits' do Balming Tiger, lançado em 31 de Outubro de 2024.

- CRÉDITOS

Letra: Omega Sapien, Unsinkable, Kim Chunchu
Produção: Unsinkable, San Yawn
Mixado por Nahzam Sue @ Wormwood Hill Studio
Guitarra por Kim Chunchu
Guitarrra gravada por Kim Chunchu @ ormdstudio
Guitarra e baixo por Kim Hanjoo




Hi-Lo


Me sinto tão alto - e tão baixo, yeah
Eu não verei o amanhã, yeah
Quando estou no topo, baby, eu sei
Eu sei que vou despencar
Para o alto
Para o baixo

Me sinto tão alto - e tão baixo, yeah
Eu não verei o amanhã, yeah
Quando estou no topo, baby, eu sei
Eu sei que vou despencar 
Para o plano
Para o plano 

Eu só quero um dólar
Eu só quero ser eu mesmo
Esqueci de tomar banho
Já fazem tipo 3 semanas
Lá no túnel
Deixo-me cavar fundo
A droga leva minha mente embora
Tudo o que quero é poder 
Pó branco, tecla branca
Contando a cada hora
Mais voado que o Chief Keef
100 dólares por um grama, isso não é um post
Oh, polícia, eu não posso me opor.  

Estive perdido na confusão por muito tempo
Mas o tempo está correndo rápido
Dizem que a pressão faz o diamante,
Eu recebo notas azuis
E isso é um fato
Gastei um aluguel com alguns instrumentais
Estou um desastre
É hora de encarar, parar de cantar a mesma música
Eu precisava disso, precisava mesmo

Descomprimir meu pescoço, minhas costas, meu estresse
Relaxe os ombros, e tá tudo certo
Descomprimir meu pescoço, minhas costas, meu estresse
Relaxe os ombros, e tá tudo certo

Me sinto tão alto - e tão baixo, yeah
Eu não verei o amanhã, yeah
Quando estou no topo, baby, eu sei
Eu sei que vou despencar
Para o alto
Para o baixo

Me sinto tão alto - e tão baixo, yeah
Eu não verei o amanhã, yeah
Quando estou no topo, baby, eu sei
Eu sei que vou despencar
Para o plano
Para o plano

Balming Tiger - Forever | Tradução para o português

 

- 5ª Faixa do EP 'Greatest Hits' do Balming Tiger, lançado em 31 de Outubro de 2024.

- CRÉDITOS 

Letra: bj wnjn,sogumm, Unsinkable,
Produção Unsinkable, bj wnjn, San Yawn
Mixado por Nahzam Sue @ Wormwood Hill Studio


🎧 CLIQUE AQUI PRA OUVIR! 🎧


Forever

Estou sentindo algo
Muito sombrio
Uma energia maligna está chegando
Bloqueie rápido o mundo exterior
Faça isso brilhar como você, loira
De qualquer forma, fica lindamente fluido
Como você faz? Me ensina o segredo do seu cabelo

Você cuidava de mim quando eu era criança
Seu truque especial era o melhor pra mim
A babá que fazia meus sonhos crescerem sem parar
Sempre cuidou de mim
A energia pura que se apaga vagarosamente
Só nos momentos críticos, ouço sua voz surgir.  
 
Para sempre
(Vou te mostrar do jeito certo)
Para sempre
(Merda para a mente)

Vou fazer mágica
A mágica que você desejava
O que reflete em seus olhos arregalados
Depende da sua decisão
Sou uma fada que veio da Lua 
Um alienígena vivendo na estrela azul
Truques infinitos e incríveis surgem devagar
Todos, sigam comigo, baby 
Vamos partir para uma aventura ainda melhor
Reúnam-se aqui, passado e futuro, e avancemos juntos
Sempre há barreiras a superar (há história nisso)
A regra de inimigos mais fortes que aparecem gradualmente nunca falha.  
Como mágica.  
 
Nossa música tema, todos nós cantamos mais alto
Até o fim dos tempos (Unidos como uma Genki Dama)
Quando as coisas ficam instáveis, você (e ainda mais em crise)
Brilha ainda mais radiante
Sua voz que se aproxima gradualmente, eu ouço.  

Para sempre
(Vou te mostrar do jeito certo)
Para sempre
(Merda para a mente)

Quero dizer, não machuque ninguém
Pode ser possível
Apoie-se em mim, oh, em mim, em mim
Quero dizer, não se preocupe
Está tudo estável
Apoie-se em mim, oh, em mim, em mim.

Para sempre
(Vou te mostrar do jeito certo)
Para sempre
(Medite para limpar sua mente)
(Mantenha sua mente limpa)

BAZAAR | Um dia estranho e ao mesmo tempo comum do Balming Tiger

  Esta entrevista é de propriedade de Bazaar, feita em 30 de Julho de 2024 por Go Young-jin. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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Omega Sapien, Wonjin, Mudd the Student, Hong Chanhee e Sogumm. Cinco membros do Balming Tiger descem do palco, deixando para trás todas as distrações e aproveitando um dia comum para descansar. Esta página é um documentário extremamente pessoal, feito por eles e para eles

(Da esquerda para a direita) Omega Sapien: Camiseta da Prada, calça da Maison Martin Margiela e moletom com zíper do acervo pessoal do estilista; Wonjin: Moletom com zíper da Resonate Good Enough, camiseta da Maison Martin Margiela e calça do acervo pessoal do estilista; Mudd the Student: Jaqueta esportiva da colaboração Gosha Rubchinskiy × Sergio Tacchini, camiseta e calça jeans da Maison Martin Margiela; Hong Chanhee: Óculos do acervo pessoal do artista, colete de tricô, camiseta e calça esportiva, todos do acervo pessoal do estilista; Sogumm: Camisa da Comme des Garçons, saia e calça esportiva da Cox’s Pippin, óculos da Miu Miu.


Omega Sapien (daqui em diante, Omega): Entrevista no ônibus para Seul, tomando uma cerveja!
Harper’s Bazaar: A sessão de fotos demorou mais do que o esperado, então você pareceu bem animado ao ver a cerveja. Todo mundo gosta de beber por aqui?

Hong Chanhee: Nem todos, mas alguns sim. Aqui, por exemplo, Sogumm e Wonjin. Ah, e o Omega também.

Mudd the Student (daqui em diante, Mudd): O Omega não gosta tanto de beber, ele gosta mesmo é de ficar bêbado.

Omega: Não é assim com todo mundo?

Wonjin: Esses dias, não conseguia dormir direito à noite e andava meio desanimado. Mas agora que tô encontrando gente, tô me sentindo melhor. Ficar acordado na hora de dormir me deixa meio deprê.

Omega: Quando não consegue dormir, tenta soltar o ar (expirar) por um tempo duas vezes maior do que você puxa (inspira). Isso ajuda.

(Da esquerda para a direita): Omega Sapien: Camiseta da Prada, calça da Maison Martin Margiela e moletom com zíper do acervo pessoal do estilista; Sogumm: Camisa da Comme des Garçons e óculos da Miu Miu; Wonjin: Moletom com zíper da Resonate Good Enough e camiseta da Maison Martin Margiela.


Harper’s Bazaar: Desde maio, vocês têm rodado 11 cidades com a The Tiny Tour 2024. Palcos como Head in the Clouds nos EUA, Primavera Sound na Espanha e Glastonbury no Reino Unido. Dá pra acreditar que participaram de todos esses festivais?

Omega: A cada ano, os shows que fazemos ficam maiores. Já nos acostumamos um pouco, mas isso não significa que perdemos o encanto. Agora é como se não fosse só uma questão de fazer bem feito, mas de dominar e aproveitar completamente o momento. Ficou ainda mais divertido.

Hong Chanhee: Acho que fazer turnê regularmente é essencial. Quando ficamos só na Coreia, dá aquela preguiça, sabe? Mas, quando entramos na rotina de uma turnê, seguimos um cronograma certinho. É ótimo pra dar aquela renovada.

Harper’s Bazaar: A apresentação no Glastonbury foi transmitida ao vivo pela BBC para todo o Reino Unido. Foi um tipo de pressão diferente?

Sogumm: Não senti nada de especial. Sempre penso que os shows grandes e pequenos que fizemos antes nos prepararam pra esses momentos. Subi no palco com o coração bem firme.

Hong Chanhee: Fiquei impressionado com o quanto todo mundo estava tranquilo. Ninguém parecia nervoso.

Omega: Dica pra quando bate o nervosismo: tanto o nervosismo quanto a expectativa vêm do mesmo hormônio, a adrenalina. A diferença entre os dois está na mentalidade. Se você encara de forma passiva, vira nervosismo; se encara de forma ativa, vira expectativa. Sempre que fico nervoso, penso: "Espera aí! Eu não tô nervoso, tô animado e cheio de expectativa!". Isso muda tudo.

(Da esquerda para a direita): Sogumm veste uma camiseta da Dries Van Noten. A saia e os óculos são da Miu Miu, e os saltos da Maison Martin Margiela; Omega Sapien veste uma camisa polo, calça, cinto e tênis, todos da Maison Martin Margiela, Os óculos de sol são da Supreme; Mudd the Student veste um vestido da Vaquera, Os shorts de veludo cotelê são da ERL, os tênis são Vans e as meias ¾ são do acervo da estilista; Hong Chanhee veste uma camisa, cinto e tênis da Maison Martin Margiela, A calça é do acervo da estilista; Wonjin veste uma camiseta sem mangas da Maison Martin Margiela, A calça é da Prada, os tênis da Crocs e a camiseta interna é do acervo da estilista.


Harper's Bazaar: Parece que você ficou bem nervoso, não?

Omega Sapien: Pensar só no resultado dá nervosismo, mas focar no momento traz empolgação. Com certeza, decidi curtir o momento.

Sogumm: Ano passado, no Fuji Rock Festival no Japão, eu fiquei muito nervosa. Acho que ter passado por aquilo me ajudou, porque dessa vez eu encarei tudo com mais calma!

(Da esquerda para a direita) A jaqueta esportiva de Mudd the Student é da colaboração Gosha Rubchinskiy×Sergio Tacchini, a camiseta é Maison Martin Margiela; Os óculos de Hong Chanhee são do acervo pessoal do artista, o colete de tricô e a camiseta são peças do acervo do estilista.


Harper's Bazaar: Durante a turnê, vocês também se apresentaram no DMZ Festival em Cheorwon, na província de Gangwon. Esse foi o primeiro momento em que vi ao vivo a performance do Baming Tiger, e pessoalmente, foi o que mais curti durante os dois dias do festival. Depois de assistir a esse show, tive certeza de que quem vê o palco de vocês não tem como não se tornar fã.

Omega: Concordo. Hehe.

Hong Chanhee: Se a plateia está bem animada, fica muito mais fácil para nós também. O DMZ foi assim. Sentimos que podíamos nos entregar totalmente ao palco, sem nos preocupar com nada ao redor, e apenas aproveitar o momento. Se sentimos que a nossa performance foi boa, é sinal de que a plateia também fez sua parte.

Omega: Se eu fosse escolher, diria que o DMZ Festival foi um dos melhores shows dessa turnê.

Sogeum: Eu esperava por uma oportunidade como essa, de ter uma comunicação com a plateia dessa energia, aqui na Coreia. Quando percebi que isso foi possível no DMZ, fiquei super feliz. Se surgir outra chance, adoraria me apresentar lá novamente.

Harper's Bazaar: Não acho que a presença de palco do Baming Tiger venha apenas do simples ato de tirar a camisa. (O grupo costuma tirar as camisas em quase todos os shows.) Mas, mesmo que eu não queira admitir, acho que a dança tem uma força por trás disso. Por exemplo, se não tivesse aquelas coreografias cativantes entre a dança e os movimentos mais sérios, como em "Buriburi", o poder de palco não teria sido o mesmo.

Mudd: Quando a dança entra em uma música que já seria difícil de convencer, fica mais fácil de nos conectar com o público.

Sogeum: Eu acredito que a comunicação no palco não se limita à plateia. A conexão entre nós, no palco, também é fundamental. A dança é nossa maneira de compartilhar energia e comunicação entre nós.

Omega: Quando saímos para tocar no exterior, é difícil ter um grande time de staff por uma questão de custos. Então, começamos a pensar na melhor maneira de fazer um ótimo show sozinhos, e a dança se tornou a melhor solução. Não exige muito dinheiro ou efeitos grandiosos. A gente não tem coreógrafos profissionais, mas, sendo do povo da K-pop, quando estamos juntos, as coreografias surgem naturalmente na diversão.

Hong Chanhee: Quando nos encontramos, saem facilmente umas 100 ideias de uma vez.

(Da esquerda para a direita) Wonjin está usando um casaco de edredom da parceria entre Maison Martin Margiela e H&M; Hong Chanhee está usando uma camiseta da Helmut Lang, com calças e tênis de coleção do estilista. Ele também usa óculos que são da sua própria coleção; Sogumm está vestindo uma jaqueta de trilha da tricot Comme des Garcons, saia e óculos da Miu Miu, e saltos da Maison Martin Margiela; Mudd The Student está usando uma camisa da Maison Martin Margiela, tênis da Nnormal, e calças de coleção do estilista; Omega Sapien está usando uma camisa polo da Emotional Destruction US, bermuda da General Research, e tênis da Maison Martin Margiela.

Harper's Bazaar: Então, vocês continuarão dançando, não importa qual música tocar?

Omega: Eu costumo pensar bastante sobre os shows. Lançar boas músicas e videoclipes é claro, mas no final das contas, o melhor meio de se comunicar com os fãs é o show. Dançar é uma forma certa de garantir um bom show. Quando estamos no palco com as mesmas roupas, fazendo os mesmos movimentos, a sensação de unidade é incrível. Mesmo sem planos para o próximo ano, acredito que a dança continuará sendo algo essencial para um bom show.

Harper's Bazaar: A atitude de buscar conceitos aparentemente incompatíveis ao mesmo tempo também parece que não mudará. Como no seu trabalho recente, que é ao mesmo tempo minoritário e popular, livre e rigoroso, improvisado e calculado. Isso reflete o estilo do Balming Tiger?

Sogumm: Gosto desse equilíbrio instável. Eu gosto do que não é controlado, mas também, se sinto que passou dos limites, busco o oposto.

Omega: Nossa composição é assim mesmo. Embora pareça que temos gostos parecidos, há muitos aspectos nos quais somos diferentes. Como estamos sempre buscando agradar a todos e criar algo que todos gostem, naturalmente acabamos buscando esse equilíbrio instável que a Sogumm falou.

Harper's Bazaar: O termo "Alternative K-pop", que sempre acompanha a descrição da música do Balming Tiger, parece capturar bem isso. No começo da carreira, o foco estava em mostrar algo novo, o que ficava claro com a ênfase no "alternativo", mas agora parece que o K-pop como identidade está sendo mais enfatizado. Isso tem a ver com a vontade de aproveitar o momento em que o mundo está interessado na arte coreana?

Sogeum: Para ser honesta, não fico tão preocupada com o "alternativo" ou com o "K-pop". Como as pessoas vão sentir a nossa música é uma questão de quem a ouve. Como disse antes, acho que estamos apenas caminhando na linha tênue entre os dois.

Omega: Concordo. Ao invés de nos prender a essas coisas, só queremos fazer hits.

(Da esquerda para a direita): Hong Chanhee: Camisa, cinto e tênis, todos da Maison Martin Margiela. Calças, pertencentes ao estilista; Sogumm: Camisa da Dries Van Noten. Saia e óculos da Miu Miu. Saltos da Maison Martin Margiela; Mudd the Student: Vestido da Vaquera. Shorts de corduroy da ERL. Tênis da Vans. Meias altas, pertencentes ao estilista; Wonjin: Camisa sem mangas da Maison Martin Margiela. Calças da Prada. Tênis da Crocs. Camiseta interior, pertencente ao estilista; Omega Sapien: Camisa polo, calças, cinto e tênis, todos da Maison Martin Margiela. Óculos de sol da Supreme.

Harper's Bazaar: Qual é o critério para um hit? Uma música que fica em 1º lugar nas paradas?

Omega: Uma música que você ouvirá mesmo 40 anos depois. No momento, não temos uma música assim. Uma música que você ainda ouve e vibra 40 anos depois é uma música que realmente dominou a época e representa um período.

Sogumm: Quando vi artistas no Glastonbury Festival com álbuns de 20 anos atrás ainda tocando em grandes palcos, pensei: "Eu também quero fazer shows com o Balming Tiger por tanto tempo." Para isso, uma música hit, como a que o Omega falou, será necessária.

Harper's Bazaar: Será que esse tipo de música sairá no álbum que vocês estão preparando? Eu pedi algumas dicas sobre o álbum para preparar a entrevista, mas até hoje não consegui nenhuma informação.

Omega: Ainda não decidimos nada, por isso. Quando chegar a hora, ela aparecerá... O certo é que vai ser muito boa.

Harper's Bazaar: Quando se fala sobre Balming Tiger, todos usam a expressão "quebrando as regras". Qual a regra que vocês mais querem quebrar agora?

Omega: Sobre quebrar regras, nem pensamos nisso. Só fazemos o que gostamos, e as regras se quebram. Parece pretensioso? (risos)

Sogumm: Esse é o ponto que eu quero tocar. Quando alguém cria algo, geralmente começa quebrando regras, mas depois, à medida que o processo avança, as partes irregulares vão sendo ajustadas e acabam se encaixando em uma forma. Acabam se tornando algo que se adapta ao molde. Para a gente, não há essa fase. Fazemos do começo ao fim do jeito que queremos. Só fazer.

(Da esquerda para a direita) A camiseta que o Sogumm está usando é da Chiyagi. Os óculos são da Miu Miu. A camiseta que o Wonjin está usando é da Maison Martin Margiela. A camiseta que o Hong Chanhee está usando também é da Maison Martin Margiela. Os óculos são uma peça da coleção pessoal do artista. A camiseta que o Omega Sapien está usando é da Prada. A camiseta que o Mudd the Student está usando é da Maison Martin Margiela.


Na última edição da Harper's Bazaar, cada membro foi perguntado: "Se você pudesse encontrar alguém para conversar fora do trabalho musical, quem seria?" Acho que a resposta a essa pergunta revela bastante sobre quem somos agora.

Sogumm: Eu mesma. Quando estou em turnê, não tenho muito tempo para ficar comigo mesmo. Acho que preciso de um momento para conversar com meu eu interior, refletir sobre o que foi divertido, o que foi difícil e quando eu cresci.

Mudd: Eu gostaria de encontrar a pessoa que eu era em 2019, quando entrei para o Baming Tiger e comecei a fazer música de verdade. Naquela época, eu estava misturado entre a ansiedade de começar a minha jornada e a expectativa do que viria. Quero sentir de novo aquele nervosismo e ver o que me fez ter coragem de fazer aquilo.

Hong Chanhee: Em um sentido semelhante, eu gostaria de me encontrar no meu "último" momento. Apenas 2 ou 3 anos atrás, eu jamais imaginaria viver esse estilo de vida, viajando pelo mundo com o Baming Tiger e fazendo shows. Eu sempre digo que vou me lembrar desses momentos quando chegar o fim, mas fico curioso para saber se isso realmente vai acontecer ou se eu vou viver experiências ainda mais incríveis que vão fazer essas lembranças parecerem pequenas.

Wonjin: Recentemente, conheci uma pessoa que dizia ser capaz de ler o futuro com borra de café, então pedi para ela me fazer uma leitura. Ela disse que eu deveria procurar minha tia. Para mim, minha tia é como uma segunda mãe, mas faz muito tempo que não a vejo. Acho que vou procurar ela.

Omega: Warren Buffett. Quero receber algumas dicas de investimentos! (risos) Ah, e também Satoshi Nakamoto! Ele é o criador do Bitcoin, mas ninguém sabe quem ele realmente é. Ele desapareceu totalmente da vista do público, o que ajudou o Bitcoin a se tornar uma moeda completamente descentralizada. Seria incrível tomar um café com ele e ver o que eu poderia aprender, talvez até uma inspiração.


Créditos
Foto: Nikolai Ahn
Estilista: Shin Min-cheol
Cabelo & Maquiagem: Mahito
Assistente: Jeong Ji-yoon
Design: Jin Moon-joo
Design Digital: GRAFIKSANG

VISLA | Exposição Especial de 40 Anos de 'Good Morning, Mr. Orwell' @Centro de Arte Nam June Paik

 Esta entrevista é de propriedade de Visla, feita em 3 de Março de 2024 por Yang Seunghee. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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 Você já deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, do romance 1984 de George Orwell. Escrito em 1949, o livro imagina um futuro 40 anos à frente, em que o ano de 1984 seria marcado por indivíduos sendo vigiados e oprimidos pela mídia. Porém, justamente nesse mesmo ano, alguém desafiou completamente essa visão e a transformou em arte: ninguém menos que Nam June Paik, conhecido como o "pioneiro da videoarte".

 Em 1984, Nam June Paik idealizou um programa de TV transmitido ao vivo via satélite, conectando pessoas ao redor do mundo. Intitulado Good Morning, Mr. Orwell (Bom Dia, Sr. Orwell), o show foi exibido simultaneamente nos Estados Unidos, França, Alemanha, Coreia e outros países, sendo assistido por cerca de 25 milhões de pessoas. O evento ganhou enorme destaque e mostrou um uso positivo da tecnologia, subvertendo as previsões sombrias de Orwell.


Nam June Paik, artista de mídia nascido em Seul, cresceu em uma família abastada e estudou História da Arte e História da Música na Universidade de Tóquio, no Japão. Posteriormente, durante seus estudos na Alemanha, ele se aprofundou em diversas áreas como música, artes visuais e filosofia.

Em 1957, Paik teve o primeiro contato com a música de Karlheinz Stockhausen e John Cage, ficando completamente fascinado pela música experimental. Logo depois, começou a estudar música eletrônica no estúdio da Westdeutscher Rundfunk Köln, onde Stockhausen também trabalhava. A influência de John Cage foi tão marcante que Paik chegou a descrevê-lo como seu "pai e mestre". Inspirado pelo espírito inovador de Cage, Paik passou a explorar performances musicais experimentais, estabelecendo-se como um artista de vanguarda.


 Mais tarde, Nam June Paik e sua parceira artística, a violoncelista Charlotte Moorman, realizaram performances ousadas, como tocar violoncelo enquanto Moorman tirava a roupa, o que chegou a levá-los a serem detidos pela polícia. Em outra ocasião, Paik chamou atenção ao destruir um piano com um machado durante uma apresentação. Essas ações performáticas marcantes consolidaram seu nome no mundo da arte de vanguarda.

 Enquanto seguia essa nova carreira artística, a família de Paik, que antes era rica, enfrentou a falência devido à instabilidade econômica da época e à morte de seu pai. Com poucos recursos, ele revisitou seus valores artísticos e adotou a filosofia: "Se não é divertido, não é arte."

 Em 1963, Paik realizou sua primeira exposição individual na Alemanha, intitulada Exposição de Música – Televisão Eletrônica. Nela, apresentou obras que exploravam a relação entre pensamento oriental e a modernidade, como TV Buddha (TV Buda), que reflete sobre espiritualidade e tecnologia, The More, The Better (Quanto Mais, Melhor), uma escultura feita com videoarte, e Dogmatic, uma crítica bem-humorada aos dogmas políticos e religiosos. Essas criações consolidaram sua posição como pioneiro da videoarte.


 Com base em todos os trabalhos anteriores, Nam June Paik finalmente surpreendeu o mundo com uma nova forma de expressão artística. No dia 1º de janeiro de 1984, ele conectou, via satélite, o Centro Pompidou em Paris e o estúdio de uma emissora pública nos Estados Unidos, transmitindo ao vivo o programa Good Morning, Mr. Orwell.

 O evento contou com performances de artistas como John Cage, Charlotte Moorman, Urban Sax e Thompson Twins. Utilizando transmissão ao vivo, técnicas de edição inovadoras e o estilo inconfundível de Paik, o projeto se tornou um evento artístico único que transcendeu fronteiras e cativou espectadores ao redor do mundo.

 Good Morning, Mr. Orwell foi aclamado por combinar música, dança, comédia e outros estilos artísticos com elementos gráficos de forma inovadora. Ao integrar a tecnologia de ponta à criatividade artística, Paik criou uma obra que uniu sofisticação estética e acessibilidade ao grande público, estabelecendo um marco na história da videoarte.


 A exposição especial organizada pelo Centro de Arte Nam June Paik celebra o 40º aniversário de Good Morning, Mr. Orwell com duas mostras principais: Wake Up, It’s 2024! e Big Brother Blockchain.

 A primeira, Wake Up, It’s 2024!, revisita a música Wake Up It’s 1984 da banda new wave Oingo Boingo, apresentada no programa original. A música, com versos como "Ele nos ameaça com palavras furiosas, mas sabemos que é mentira", desafia a opressão do fictício "Big Brother" do romance 1984. Agora, ela é reinterpretada a partir da perspectiva de 2024.

 Nesta mostra, o público poderá conferir SARANGHAEYO Art Live, uma homenagem ao programa de 40 anos atrás, criada pelo coletivo musical Balming Tiger e pela artista visual Ryu Seung Sil. A obra transmite, através de um vídeo único, a visão de Nam June Paik sobre a paz mundial por meio do networking global, reforçando a relevância de suas ideias para os tempos atuais.


 Por outro lado, Big Brother Blockchain é uma versão contemporânea de Good Morning, Mr. Orwell, com a participação de artistas de diversas áreas, como vídeo, performance e música. Entre os colaboradores estão Kwon Hee-su, Samson Young, Sanghee e Lee Yang-hee, que reinterpretam as perspectivas artísticas de Nam June Paik sob a ótica de 2024. Além disso, a exposição apresenta obras icônicas de Paik, como TV Buddha, oferecendo ao público uma imersão em seu legado criativo.

 Nam June Paik construiu um universo artístico sem limites, explorando música, performance, esculturas e videoarte. Ele quebrou tradições e reconfigurou as normas de cada área em seu próprio estilo. Esse espírito inovador se conectou ao movimento de vanguarda Fluxus nos anos 1960, que buscava dissolver as barreiras entre vida e arte. Junto a figuras como John Cage, Yoko Ono e Joseph Beuys, Paik foi parte de uma revolução artística que desafiou os sistemas estabelecidos do século XX.

 Hoje, em meio ao avanço constante da tecnologia e suas contradições, é impossível não pensar no impacto da mídia em nossas vidas. Ao observar cenas como pessoas no metrô imersas em seus smartphones, é fácil associá-las às previsões de controle e vigilância do romance 1984.

 Talvez a mensagem que Paik nos deixou há 40 anos, agora reinterpretada por artistas contemporâneos, seja um convite para refletirmos sobre o valor da mídia e imaginarmos novas possibilidades criativas.


Site oficial do Centro de Arte Nam June Paik
Instagram oficial do Centro de Arte Nam June Paik

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Informações sobre a exposição

Exposição Especial de 40 Anos de Good Morning, Mr. Orwell: Wake Up, It’s 2024!

Período: 21 de março de 2024 a 23 de fevereiro de 2025
Local: Sala de Exposição 1, Centro de Arte Nam June Paik
10, Baeknamjun-ro, Giheung-gu, Yongin-si, Gyeonggi-do, Coreia do Sul
Artistas Participantes: Nam June Paik, Balming Tiger x Ryu Seung Sil

Exposição Especial de 40 Anos de Good Morning, Mr. Orwell: Big Brother Blockchain

Período: 21 de março de 2024 a 18 de agosto de 2024
(Exibição contínua durante o horário de funcionamento do Centro de Arte)
Local: 2º andar, Centro de Arte Nam June Paik
10, Baeknamjun-ro, Giheung-gu, Yongin-si, Gyeonggi-do, Coreia do Sul
Artistas Participantes: Kwon Hee-su, Samson Young, Sanghee, Lee Yang-hee, Jang Seo-young, Jo Seung-ho, Hwi, Hong Min-ki, Hito Steyerl

Fonte das imagens: Centro de Arte Nam June Paik

Noblesse | Balming Tiger x Liu Seong-sil, SARANG! The Solution

Esta entrevista é de propriedade de Noblesse, feita em 5 de Julho de 2024 por Ok Ji-Hoon. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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Em comemoração ao 40º aniversário de "Good Morning Mr. Orwell", uma das obras mais emblemáticas do artista de vanguarda Nam June Paik, o grupo Balming Tiger e a artista Ryu Sungsil transmitiram uma mensagem de paz e amor por meio de sua colaboração

 O que é a arte, de fato? Nam June Paik, pioneiro da arte de vanguarda do século 20 e considerado o "pai da arte em vídeo", foi uma figura que mostrou de forma clara o poder da arte em tempos de rápidas transformações sociais. Baseado nas tecnologias de ponta da época, Paik iluminou sua era e desenhou um futuro melhor por meio de suas obras, realizando ideias revolucionárias e abrindo um mundo artístico inexplorado.

 Em 2024, comemorando o 40º aniversário de seu projeto pioneiro, "Good Morning Mr. Orwell", Paik exibe seu caráter experimental de forma impressionante. A obra, que tem suas raízes no livro 1984 de George Orwell, foi transmitida ao vivo no dia 1º de janeiro de 1984, conectando em tempo real Nova York, EUA, e Paris, França, com um total de 22 sequências transmitidas ao vivo. Esse evento foi assistido por 25 milhões de pessoas em todo o mundo, celebrando a chegada da era da tecnologia.

 Enquanto 1984 de Orwell antecipa um futuro distópico de vigilância totalitária, dominado pela tecnologia e pelo "Grande Irmão", Paik trouxe uma mensagem positiva, acreditando que a tecnologia poderia ser uma ferramenta para alcançar a paz. A exposição "Levante-se, é 2024!", que ocorre até 23 de fevereiro de 2025 no Centro de Arte Baek Nam-jun, oferece uma visão detalhada das sequências de "Good Morning Mr. Orwell" por meio de uma estrutura central de telas. Além disso, a exposição apresenta diversas obras que refletem o valor da "paz mundial" que Paik queria transmitir através de sua arte, reforçando ainda mais a mensagem de sua famosa obra.

 Por fim, a colaboração entre Balming Tiger e Ryu Sungsil, intitulada "SARANGHAEYO Art Live", faz uma reflexão sobre o uso de tecnologias ao vivo, que antes eram inovações tecnológicas, mas hoje estão acessíveis a todos. A obra questiona onde podemos encontrar as respostas para a paz, ressoando com a mensagem de Paik sobre o poder positivo da tecnologia.

Balming Tiger × Ryu Sungsil, SARANGHAEYO Art Live, cor, som, 12 minutos e 24 segundos, 2024, comissionado pelo Centro de Arte Baek Nam-jun.


 Ouvi dizer que o tempo para preparar a exposição foi bem curto. Há algum episódio de colaboração que você só pode contar agora?

Ryu Sungsil (R): O tempo de preparação foi realmente curto. Tínhamos apenas 3 a 4 meses para finalizar desde a concepção até a produção. Na colaboração, eu fui responsável pela edição final. Não só a edição preliminar, mas também a versão final do vídeo, acabou sendo entregue depois do prazo prometido. Peço desculpas por isso. Agradeço ao Balming Tiger, especialmente ao Abyss, por terem esperado com paciência.

Balming Tiger (BT): Será que seria possível fazer vários vídeos com outros diretores, em diferentes locais, dentro de tão pouco tempo, sem problemas? Essa dúvida estava sempre presente durante o projeto. Mas, no final, conseguimos trabalhar bem juntos e nos divertimos. Lembro do dia em que filmamos a sequência de ginástica coletiva. Sob a direção do Hong Chan-hee, filmamos no campo de grama da Universidade de Seul, usando roupas de manga curta, e com certeza ouvimos muitas reclamações naquele dia. Estava congelante, porque era no meio do inverno. Também lembro da ansiedade quando o trabalho em Nova York foi finalizado tarde, com o fuso horário complicando tudo. Quando finalmente chegamos, todos respiramos aliviados.

 A colaboração resultou em 3 vídeos do Balming Tiger e 1 do Liu Seong-sil, todos reunidos em "SARANGHAEYO Art Live". Qual foi o ponto mais importante ao unificar esses trabalhos?

Ryu Sungsil (R): Primeiro, acho que vale a pena explicar como fizemos a colaboração. Começamos nos reunindo para criar uma proposta conjunta e dividimos o projeto em diferentes capítulos. A partir daí, desenvolvemos as ideias separadamente, com o Balming Tiger e eu aprofundando os detalhes de cada parte.

Balming Tiger (BT): Ou seja, os 4 vídeos vêm de uma única proposta que se ramificou em capítulos. O mais importante na colaboração foi integrar as narrativas sem interferir nas visões de cada um, equilibrando as diferentes perspectivas. Como o projeto envolvia vários personagens e universos, tivemos que focar nisso durante todo o processo.

A seguir, a visão geral da exposição "Levante-se, é 2024!" que está sendo realizada no Centro de Arte Nam June Paik. Abaixo, as vistas das instalações de Nam June Paik com as obras "A Loteria de Genghis Khan" e "Good Morning Mr. Orwell", que também podem ser vistas nesta exposição.

"SARANGHAEYO Art Live" tem um título bastante significativo.

R: Não era o título que tínhamos em mente desde o começo. Durante o processo de criação da obra, tivemos várias discussões, e o diretor em destaque na obra é o "David", que é branco. Então, todos concordamos que o título deveria ser algo que ele, provavelmente, teria escolhido.
BT: Estávamos tentando pensar em um título simples que o personagem da obra, um coreano tentando agradar os outros, usaria. Acabamos decidindo por "SARANGHAEYO Art Live".

"Good Morning Mr. Orwell" já é uma obra inovadora que, há 40 anos, mostrou o encontro da ciência avançada com a arte. As tecnologias e formas artísticas usadas nesse trabalho continuam a influenciar a nossa vida hoje, como Nam June Paik desejava. Vocês são artistas que mais ativamente utilizam esses elementos. Estou curioso para saber como vocês interpretaram a obra de Nam June Paik.

R: Senti como se a obra tivesse dado uma espécie de "aviso" para artistas fracos como eu, que agem como se o pessimismo fosse a "virtude". Tenho grande respeito pela obra que nasceu com uma esperança positiva voltada para o futuro, e também pelo mestre Nam June Paik. Quando esta obra foi iniciada, o museu primeiro decidiu exibir a obra de Balming Tiger, e depois Balming Tiger me propôs a colaboração. Essa situação nova foi pessoalmente interessante para mim. O motivo pelo qual Balming Tiger era essencial para essa exposição e o motivo de eu ter trabalhado com eles, o processo de imaginar o que eu deveria fazer como colaboradora, tudo isso influenciou na reinterpretação formal de "Good Morning Mr. Orwell".

BT: Acho que o grande atrativo da obra é que ela chama a atenção logo de cara, e qualquer pessoa, de qualquer idade ou gênero, pode desfrutá-la sem a necessidade de longas explicações, o que é uma característica das obras de Nam June Paik. Especialmente "Good Morning Mr. Orwell", que sintetiza tudo isso e tem uma grande parte de características lúdicas e de entretenimento. Então, queríamos trazer essas características para nossa obra. Atualmente, estamos ouvindo muitas notícias sobre guerras e conflitos. Não podemos ver o mundo de maneira totalmente otimista. A mensagem de paz que está em "Good Morning Mr. Orwell" tem grande impacto sobre nós. A forma como Nam June Paik expressava suas intenções de forma implacável, independentemente do meio ou estilo, é semelhante à nossa postura de esforço no Balming Tiger. Acho que ele foi um verdadeiro artista. Sua coragem é admirável.

"TV Cello" de Charlotte Moorman, que pode ser apreciada em Good Morning Mr. Orwell.


 No final, não podemos falar sobre essa obra sem mencionar a "paz". Ultimamente, tenho me perguntado se os campos de batalha realmente se limitam a lugares onde as pessoas empunham armas. Por isso, sinto que o grito de paz em "SARANGHAEYO Art Live" pode soar como uma mensagem automática, sem muita reflexão.

 R: Durante essa colaboração, o tempo pareceu se alinhar de maneira incrível, como se fosse destino. O BJ "Cherry Jang" participou da faixa "5:5 Dharma" no álbum da Balming Tiger, lançado no ano passado. Essa faixa se conecta com a próxima, "Sudden Attack", e, na verdade, a Balming Tiger estava pensando nela como o tema para a obra comissionada do Centro de Arte Baek Nam Jun, o que fez com que a colaboração comigo e a exposição seguisse naturalmente.

BT: A letra de "Sudden Attack" repete insistentemente a ideia de paz de forma quase cega. É uma música interessante porque o death metal, que à primeira vista parece distante da paz, entra em choque com a letra. O "Good Morning Mr. Orwell", sugerido como referência pelo Centro de Arte Baek Nam Jun, e a exposição "Get Up, It's 2024!" também giram em torno da paz como tema, então pensei que poderíamos conectar a música da Balming Tiger com a exposição. Para colocar de forma simples, foi como se estivéssemos criando um videoclipe de "Sudden Attack" e pensando em exibi-lo no museu, então precisávamos colaborar para criar um resultado mais flexível. Naturalmente, a forma de interpretar a paz também foi moldada pela música, e o processo levou à ideia de tratá-la como um slogan.

 O que é a paz verdadeira? Ela é possível de ser alcançada?

 R: Não sei se é realizável, mas acredito que vale a pena buscar. Pessoalmente, trabalho com esse espírito. Acho que, para conseguir algo, é necessário passar por um processo de lutar pelo que parece impossível, e só assim o resultado será algo que podemos entender. Depois disso, é sobre usar nossa imaginação para a esperança e tentar visualizar o próximo passo.

 BT: Pode-se dizer que a paz, no seu estado mais perfeito, seria uma forma em que ninguém se machuca. Mas acho que é difícil alcançar isso, enquanto a humanidade continuar a alimentar os desejos naturais que carrega. Ultimamente, tenho pensado que "sorrisos" e "humor" estão muito próximos desse estado de paz.

Da esquerda para a direita: Sogumm, Hong Chanhee, Ryu Sungsil, San Yawn e Abyss.


 A paz será realizada pelo amor? Obtivemos uma dica do título da obra.

 R: Uma vez li uma frase do escultor Kim Jong-young em seu ensaio: "A arte é a manufatura do amor". Pessoalmente, não sei se a paz é alcançável, mas concordo com sua ideia de que, pelo menos, a arte deriva do amor, seja o alvo humano, conceitual ou a própria arte. A partir disso, talvez possamos encontrar uma resposta.

 Quais são seus planos para o futuro que podemos esperar?

 R: Planejo fazer uma exposição individual em Nova York em outubro. O que será que um coreano pequeno e humilde, vindo de um lugar afastado, tem a dizer em Nova York? Estou me divertindo imaginando várias possibilidades, então fiquem atentos.

BT: Claro, vamos fazer uma turnê internacional e nos apresentar em festivais ao redor do mundo. Também estamos prestes a lançar novos singles e videoclipes. Este ano, especialmente, planejamos o primeiro concerto solo da Balming Tiger na Coreia, então será um ano muito ocupado.

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Ryu Sungsil é uma artista de arte contemporânea que ganhou o Prêmio de Arte da Fundação Hermès em 2021 como a mais jovem vencedora. Ela ganhou atenção ao atuar como BJ sob o nome de "Cherry Jang" e apresentar séries de obras. Trabalhando nas fronteiras entre arte e não-arte, realidade e ficção, ele aborda com precisão e humor questões pessoais, familiares, políticas, sociais e ideias sobre tradições, criando um mundo artístico único.

Balming Tiger é um grupo de K-pop alternativo composto por 11 membros: San Yawn, Sogumm, Hong Chanhee, Abyss, Omega Sapien, Mudd the Student, Wonjin, Unsinkable, Lee Suho, Henson, e Jan'qui. Com DJs, rappers, vocalistas, promotores & editores, produtores e multipurpose players, os membros têm uma diversidade impressionante. Formado em janeiro de 2018, o grupo explora os campos da arte, abrangendo desde o lançamento de álbuns até a produção cinematográfica.

Editção: Jeong Song (song@noblesse.com)
Fotografia: Jo Young-hoon (retrato), Balming Tiger, Art Center.

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