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sábado, 5 de julho de 2025

NEUT MAGAZINE | “O FUJI ROCK FESTIVAL ’23 foi um palco dos sonhos”

  Esta entrevista é de propriedade de Neut Magazine, feita em Setembro de 2023 por Kotetsu Nakazato, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.

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Conversamos com o Balming Tiger, a banda de alternative K-POP que mostrou que só um coletivo com tantas visões diferentes poderia criar algo assim.


Hoje em dia, o K-POP não é mais algo restrito à Coreia do Sul — ele tomou o mundo e parece estar entrando em uma nova fase depois da explosão global. Já não é raro ver artistas coreanos nas paradas globais da Billboard, e alguns até chegam ao topo do ranking. Isso mostra que o K-POP se tornou uma parte essencial da cena musical mundial.

Nesse contexto, o Balming Tiger, um coletivo artístico que se autodefine como uma “banda multinacional de K-POP alternativo”, vem sacudindo a cena com uma proposta completamente nova. Eles estão reconstruindo a imagem não só do K-POP, mas também da Coreia e até da Ásia como um todo, trazendo novas referências e repensando tudo que já foi feito até aqui.


Com base em Seul, na Coreia do Sul, o Balming Tiger é formado atualmente por 11 membros. O que mais os diferencia de outros grupos de K-POP é que nem todos os integrantes cantam — o time inclui produtores musicais, diretores criativos, cineastas, profissionais de marketing e outros criadores.

Eles não apenas produzem a música e o visual por conta própria, como também cuidam de toda a parte de divulgação e entrega, tudo feito em equipe, de forma integrada.

Com essa estrutura livre e criativa, o Balming Tiger começou sua trajetória em 2018. E foi no ano passado, em setembro, que eles tiveram um boom global ao lançar a faixa “SEXY NUKIM”, com participação do RM, líder do BTS.

A música foi um sucesso no mundo inteiro e, já no dia seguinte ao lançamento, alcançou o 1º lugar no ranking global do iTunes. Muita gente ao redor do mundo conheceu o Balming Tiger justamente por causa dessa colaboração.


O Balming Tiger foi uma das atrações do FUJI ROCK FESTIVAL ’23, realizado em julho deste ano, e deixou o público em puro êxtase.

A música deles foge de qualquer rótulo — cada faixa cria um universo próprio. Mesmo sendo um show ao vivo, a sensação às vezes é a de estar assistindo a uma peça de teatro, de tão performático e imersivo que é.

Os membros San Yawn, Omega Sapien, Mudd the Student, sogumm, bj wnjn e Hong Chanhee subiram ao palco com caixas na cabeça, decoradas com rostos em estilo anime, e foi com essa entrada inusitada que deram início ao “mundo Balming Tiger”, apresentando a música “Kolo Kolo”, lançada em 2022.



Além dos singles lançados — como “Almadillo”, “SEXY NUKIM”, “JUST FUN!” e “Trust Yourself” — o Balming Tiger também apresentou músicas solo dos membros e nada menos que oito faixas inéditas.

Mesmo com tantas músicas novas, eles conseguiram envolver todo mundo: com refrões marcantes que puxavam o público pro clássico call and response (quando a plateia responde aos vocais) e mosh pits que explodiam antes dos refrões, eles foram encurtando a distância com o público ao máximo.

A energia do Balming Tiger puxava a galera, e a energia da galera puxava o Balming Tiger de volta. Foi uma verdadeira troca intensa, como se fosse um embate de forças criativas — e quando a gente se deu conta, a uma hora de show já tinha passado num piscar de olhos.

Logo depois dessa apresentação eletrizante, os integrantes San Yawn, Omega Sapien, Mudd the Student, sogumm, bj wnjn, Hong Chanhee e Henson Hwang deram uma entrevista exclusiva pra contar mais sobre a experiência.

Da esquerda para a direita: San Yawn, Mudd the Student, Omega Sapien, Hong Chanhee, sogumm, bj wnjn


"Crescer junto com amigos importantes é tudo pra mim."


— Obrigado pelo show de hoje! Como foi a primeira participação de vocês no FUJI ROCK FESTIVAL ’23?

Omega Sapien: O Fuji Rock sempre foi um palco dos sonhos pra gente, então nos preparamos bastante. Fico feliz que conseguimos mostrar tudo isso de uma forma legal.

Hong Chanhee: A gente cometeu alguns errinhos aqui e ali (risos), mas deu tudo certo no fim. Como o lugar é rodeado por montanhas, dava até pra sentir a energia da natureza.

Mudd the Student: Assim como o Omega falou, eu também sempre quis tocar no Fuji Rock. Foi uma honra dividir o palco por onde passaram tantos roqueiros lendários.

Hong Chanhee: Eu sou muito fã do 100 gecs, então fiquei feliz demais de tocar no mesmo dia que eles! Pena que por causa dessa entrevista eu não vou conseguir assistir (risos).

— Perdão por isso! (risos). Já se passaram cinco anos desde a formação do Balming Tiger. Podem relembrar como o grupo começou?

San Yawn: Na verdade, não teve um momento exato em que a gente decidiu “vamos criar um grupo”. Foi algo bem natural. Eu fui chamando um por um porque queria fazer coisas malucas junto com eles.

— Na indústria, é bem comum contratar produtores de fora pra fazer as músicas, mas o Balming Tiger cuida de tudo dentro do grupo — da produção à divulgação. O que vocês acham de trabalhar nesse formato?

Omega Sapien: O melhor de tudo é poder trabalhar com amigos que eu realmente gosto.

sogumm: Pra mim, crescer ao lado de amigos que são importantes de verdade é tudo.


"É justamente porque cada membro tem sua própria visão que conseguimos ser sem rótulos."


— Pessoalmente, sinto que as músicas e os videoclipes do Balming Tiger representam a Ásia de um jeito livre e estiloso, desconstruindo vários estereótipos. Como vocês gostariam de transformar essa imagem da Ásia por meio da música e da performance?

Omega Sapien: Muita gente na Ásia cresceu ouvindo música ocidental e acaba repetindo aquilo como referência. Mas o que a gente quer é criar algo que nos dê orgulho de sermos asiáticos — uma forma de expressão que diga: “isso é nosso, e é da hora.”

sogumm: Representar a Ásia é importante pra mim, mas tão importante quanto isso é expressar quem eu sou e o que eu amo. Eu sou asiática, então quando me coloco de forma verdadeira no que crio, isso naturalmente já carrega essa identidade também.

— Então, expressar a si mesmo é o mais essencial. As músicas do Balming Tiger são muito diversas, sem se prender a gêneros, e cada faixa tem uma vibe única. Existe alguma ideia ou sentimento em comum entre elas?

sogumm: Na real, cada membro pensa e sente coisas diferentes. Acho que é por isso que cada música tem um clima e uma linguagem própria. Cada um ouve estilos diferentes também. Mas quando tudo isso se junta, com todas essas vozes diferentes, a gente acaba expressando algo que reflete o que é viver nesse “tempo presente”. O que a gente faz é, no fundo, o retrato desse nosso agora.

Hong Chanhee: Justamente por sermos diferentes é que conseguimos criar expressões tão variadas.


O verdadeiro valor da música está aí.


— É justamente por terem diversas ideias que conseguem criar algo novo. Com gostos e estilos tão diferentes, como é o processo de criação musical do Balming Tiger?

Henson Hwang: Cada um tem seu gosto, claro, mas a gente respeita muito as preferências uns dos outros e está sempre curioso por sons novos. Por isso, a gente toca junto com frequência e investe tempo na criação das músicas. O processo costuma começar com uma pessoa puxando o projeto e definindo a direção geral. Aí os outros vão adicionando suas cores e energias, dando peso ao projeto. Conforme a música vai tomando forma, todo mundo dá feedback e juntos fazemos arranjos e ajustes até ficar pronta.

— Então, as opiniões e estilos de todos os membros estão presentes em cada música. “SEXY NUKIM”, com participação do RM do BTS, chamou atenção mundial e foi um sucesso pra ambos os lados. Tem alguém com quem o Balming Tiger gostaria de colaborar no futuro?

San Yawn: Eu adoraria trabalhar com o diretor Park Chan-wook um dia! Cresci assistindo aos filmes dele — tipo Oldboy e I’m a Cyborg, But That’s OK — e ele teve um impacto enorme na visão artística do Balming Tiger. Ele é um artista que inspira muita gente, justamente por usar materiais e formas de expressão que ninguém tinha reparado antes. Seria incrível colaborar com ele algum dia.


— Assim como vocês foram influenciados pelas obras do diretor Park Chan-wook, vocês acreditam que a música de vocês tem o poder de impactar positivamente as pessoas e a cultura?

San Yawn: Acho que esse é o valor máximo da música — e da arte em geral. A gente sente que, a cada álbum e show, estamos mostrando para o público o verdadeiro poder que a música carrega. Sem essa crença de que a arte pode mexer com o coração das pessoas, talvez os próprios artistas nem existissem.

— Para finalizar, qual é o objetivo atual do Balming Tiger?

San Yawn: Ampliar nossos horizontes, passo a passo. No momento, nosso foco é, através do próximo álbum e das atividades que virão depois, inspirar as pessoas de forma positiva.




Balming Tiger

Website / X / Instagram

Uma banda de K-POP alternativo que surgiu de repente na Coreia do Sul em 2018. Com 11 membros, eles cuidam de todo o processo: composição, gravação de clipes, performances e divulgação.
Eles chamaram atenção já no single de estreia, “I’m Sick”, e em 2019, com a música “Armadillo”, ganharam o prêmio de Music Video Of The Year no Korea Hip Hop Awards, conquistando seu espaço e influência na cena musical coreana.
Em 2022, lançaram “Sexy NUKIM”, com participação do líder do BTS, RM, trazendo um novo vento de fenômeno K-POP para o mundo inteiro.

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