Pink Transparent Valentine Balloon Heart Help Paradise: BAZAAR | Por que o Balming Tiger virou febre

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sábado, 5 de julho de 2025

BAZAAR | Por que o Balming Tiger virou febre

   Esta entrevista é de propriedade de Bazaar, feita em 30 de Junho de 2025 por Choi Kang Sun-Woo. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.

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 'Pigeon & Plastic' , o show solo do Balming Tiger e ao mesmo tempo o primeiro projeto do Balming Tiger Film Studio, foi muito mais do que só um show. Até onde será que vai essa fase experimental deles?

Quem é o Balming Tiger?

Eles não são só um grupo de músicos — o Balming Tiger é um coletivo criativo e experimental que vai muito além disso. Liderado por nomes como Omega Sapien, sogumm, Mudd the Student, bj wnjn e Lee Soo-ho, o grupo também inclui o produtor Sanyawn, além de beatmakers, cineastas, designers gráficos e artistas de várias áreas, todos no mesmo nível de excelência. No fim das contas, eles funcionam quase como uma “micro comunidade”.

A formação aberta do coletivo e o leque praticamente infinito de atividades que eles abraçam desde a estreia mostram bem isso: o universo musical que construíram desafia gêneros e é guiado pela experimentação. A base pode até ser o rap, mas eles passeiam livremente por eletrônica experimental, rock psicodélico, IDM, hip-hop abstrato e por aí vai — sempre transitando entre o alternativo e o pop sem medo.

Eles mesmos se definem como “alternative K-pop”, mas colocar um rótulo só parece até injusto. Afinal, esse estilo é só uma parte do que o grupo oferece. Os sons quebram os moldes: misturam psicodelia, eletrônico esquisitão, R&B alternativo e estruturas musicais não lineares, com pausas vazias intencionais, ruídos, versos sussurrados, cantos quase gritos e melodias desconexas. Essa mistura toda cria uma vibe única.

E o mais curioso? Apesar de todo esse lado experimental, os quatro também são divertidos, têm carisma, humor e um jeitão fofo que arranca risada só de aparecerem. Eles conseguem equilibrar perfeitamente o estranho com o popular.

‘Pigeon & Plastic’: Derrubando Fronteiras

Dessa vez, o Balming Tiger subiu um filme no palco. Literalmente. No fim de semana passado, eles fizeram um show solo chamado Pigeon & Plastic no YES24 Live Hall, em Seul — por só dois dias — e entregaram uma experiência totalmente nova, misturando música e atuação, realidade e ficção, telão e performance ao vivo.

O nome do show vem da música “Pigeon and Plastic”, do primeiro álbum completo deles. E como eles mesmos avisaram antes: seria “uma experiência única que só dá pra ver ao vivo”. E foi mesmo.

O show teve três blocos principais em vídeo (VCR), e a ideia central girava em torno de um set de filmagem — só que contado de forma cômica e caótica. A história acompanhava os bastidores de um filme sendo feito. A sacada? Os atores Park Jung-min, Baek Hyun-jin, Kim Ki-chun, Lee Jung-hyun e Shim Eun-kyung interpretavam os membros do Balming Tiger, enquanto os membros reais apareciam como dublês de ação dos próprios personagens. Um rolê bem doido — e genial.

Foto / Pôster de Pigeon & Plastic


No segundo ato, chamado “A Flor que Brota na Lama”, rola uma situação engraçada que faz a galera rir: enquanto os atores saem do palco, os dublês assumem as cenas principais e acabam causando uma confusão daquelas durante a gravação.

O palco é todo montado como o cenário de um “filme falso” que oscila entre sitcom e documentário, e a mistura entre o vídeo e a realidade acontece o tempo todo. Nessa hora, o público não está só ali pra “assistir” passivamente — eles acabam entrando nessa linha tênue entre o real e o imaginário, fazendo parte da cena, meio que “virando” o próprio personagem.

O Balming Tiger quebra essa ideia tradicional de que a gente só é espectador e os artistas só estão lá pra mostrar o show. Eles jogam todo mundo numa posição ativa, onde quem tá vendo também sente, participa e se conecta de verdade com o que tá rolando no palco. Quando a dança, a atuação, o palco e o vídeo se misturam, o público não tá só olhando — tá vivendo a história ali mesmo, como se fizesse parte dela.




Logo depois do show, as redes sociais e comunidades, incluindo o X, ficaram cheias de comentários tipo “Corri tanto que até fiquei com roxão no joelho” e “Fiquei confuso se era filme ou show de tão louco que foi”. Essa imersão física e emocional que o show provocou sacudiu totalmente a estrutura tradicional de quem apresenta e quem assiste — isso tem um significado enorme.

E, mais legal ainda, depois do bis rolou um vídeo-surpresa de uma “audição falsa” que não é só uma brincadeira pra fã, mas uma camada nova de fantasia: uma audição pra “virar Balming Tiger”. No vídeo aparecem artistas externos, como RM e Kim Han-joo, e tudo funciona como uma espécie de mise-en-scène dupla, onde cada elemento complementa o outro.

Um espaço pra novas experimentações no palco




A meta-narrativa do “virar” (being, becoming) está ligada à essência da postura dos artistas. Esse conceito não é sobre uma identidade fixa, mas sobre estar em constante transformação — atuando, imitando e se reinventando o tempo todo. Eles não se definem de forma rígida, aceitam ser “outros”, se desconstróem e escolhem sempre se tornar uma nova versão do Balming Tiger. Eles não estão só se apresentando, mas atuando, cantando e questionando dentro de um dispositivo experimental.

Vale destacar também a direção do show e a qualidade visual, que aumentam muito a imersão. A famosa diretora de arte Ryu Seong-hee, reconhecida por seu trabalho delicado no cinema coreano, participou pela primeira vez da produção do palco do show. Kim Han-joo, do Silica Gel, entrou como diretor musical e cuidou dos arranjos de todas as faixas. O palco foi tão bem pensado que parecia mais uma mise-en-scène linda, impossível desviar o olhar. Não foi só um show misturado com filme, mas sim um evento sensorial onde visão e som se entrelaçaram de forma orgânica.

Diferente dos shows de K-pop que focam em “mostrar” pros fãs, esse evento destruiu fronteiras e puxou o público para dentro da história. Graças ao trabalho nos bastidores, foi possível criar um espetáculo de arte completa, unindo imaginação cinematográfica com música ao vivo. O público se perdeu nessa narrativa dupla — entre os artistas no palco e os atores na tela — enquanto curtia o som da banda e se entregava à experiência sensorial do show.

'Pigeon & Plastic' não é apenas um “show bem feito”.

Passando longe de ser só uma “quebra de barreiras”, o espetáculo desafia as regras do sistema da indústria do K-POP, redefine a relação entre palco e público e cria uma nova interface entre arte e diversão, música e narrativa, fãs e criadores.
Ele desmonta as narrativas e a estética do cenário musical e de performances coreanas, trazendo atores externos para gerar uma fronteira estranha — e ao mesmo tempo uma sinergia incrível — entre público e artistas.
Sem focar no “imersivo” tradicional via narrativa e fandom, o Balming Tiger dá um twist nesse processo, propondo um tipo de imersão completamente diferente. Nesse instante, o espaço do show vira uma plataforma experimental cheia de possibilidades.
Um coletivo que não se prende a uma identidade fixa e transita por vários gêneros, mostrando claramente que está evoluindo para se tornar um dos grupos criativos mais interessantes da atualidade.

Quando perguntados “O que será que o Balming Tiger vai se tornar?”, eles, como sempre, não deram resposta direta. Só subiram ao palco e mostraram que estão prontos para o próximo show, próximo vídeo, próximo universo.

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