Este artigo é de propriedade de News Tomato, feita em 03 de Março de 2020 por Kwon Ikdo. Nós apenas traduzimos, sendo assim com os devidos créditos dados aqui.
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Dos EUA à Europa e Rússia, recebendo convites... Em novembro, participação no festival "Airwaves" na Islândia.
Este ano, o membro sogumm, vencedor do "Revelação do Ano" no Korean Music Awards, declara: "Somos um crew cheio de personalidade."
[Kwon Ik-do, repórter do News Tomato]
Na cena das bandas, há quem continue firme e forte, criando álbuns, fazendo shows e se esforçando ao máximo para trazer à tona o "brilho radiante" da música. Mesmo assim, muitos acabam soterrados pela enxurrada de músicas que dominam as TVs e os charts, desaparecendo sem deixar rastro. Como desabafou o vocalista de uma banda de rock: "Estamos na era das bandas mortas." A indústria musical coreana há tempos perdeu sua diversidade e experimentalismo. No entanto, na coluna "As viagens da banda de Kwon Ik-do", exploramos com um olhar curioso os músicos que ainda brilham intensamente, mesmo em meio a essa situação triste. (Nota do editor)
O Balming Tiger, um crew alternativo de K-pop com nove membros (cujo nome em inglês é uma brincadeira com o "Tiger Balm"), lançou no início deste ano o single "Kolo Kolo". Essa é a primeira música lançada pelo grupo como um todo desde "Armadillo", que causou um rebuliço no exterior no ano passado.
Com um beat experimental feito com instrumentos tribais e um refrão fácil de cantar, a música se destaca. O videoclipe é igualmente ousado, misturando elementos culturais de vários países asiáticos. Nele, vemos desde artes marciais chinesas até o sumô japonês, tudo em um mundo bizarro onde um rap explosivo ao som de "Hakuna Matata" toma conta. Em certo momento, a música muda repentinamente para o estilo de um drama melancólico japonês, o que chega a ser cômico.
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O videoclipe peculiar do Balming Tiger, que incorpora diversos elementos culturais asiáticos, é repleto de experimentalismo. No dia 20, nos encontramos no escritório deles, próximo à estação Sangsu, no distrito de Mapo, Seul, para falar sobre o caráter intrigante e ousado do grupo. “‘Hakuna Matata’ simplesmente saiu de forma inconsciente. Sim, tem esse significado de ‘esquecer o passado e viver o presente’. É uma ideia que pegamos do baile funk da América Latina,” explicou Omega Sapien, o rapper do grupo. “Seja música, vídeos ou qualquer outra coisa, a gente não segue um padrão fixo. Misturamos as ideias de várias pessoas, e é assim que criamos nossa identidade e nossa música,” complementou San Yawn.
Diferente de outros músicos, eles separam completamente o espaço de criação musical do escritório. Quando perguntados sobre o motivo, citaram a famosa frase do diretor Bong Joon-ho na cerimônia do Oscar: “O mais pessoal é o mais criativo,” rindo em seguida. “O espaço de criação precisa ser pessoal, só assim sai algo bom. Nosso estúdio de criação fica em Itaewon, e tem um clima de quarto de dormir,” comentou Omega Sapien. Quando sogumm brincou, dizendo que “devíamos ter feito a entrevista no apartamento do San Yawn,” todos caíram na risada. |
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O Balming Tiger, um crew alternativo de K-pop com nove membros, posa ao lado de uma obra de Salvador Dalí em formato de zigue-zague (localizada à direita). No dia 20, encontramos San Yawn, Wonjin e Unsinkable (à esquerda da mesa) junto com sogumm e Omega Sapien (à direita da mesa) no escritório próximo à estação Sangsu, em Mapo, Seul. Os outros membros do grupo incluem Mud the Student, Abyss, Henson Hwang e Janqui. |
O crew está se destacando como um dos times mais "quentes" do momento, tanto na Coreia quanto no exterior. (Veja o artigo do News Tomato de 28 de fevereiro: "Salvador Dalí e Balming Tiger")
A integrante sogumm ganhou o prêmio de "Revelação do Ano" na categoria geral do Korean Music Awards deste ano, com seu primeiro álbum solo, So Bright, lançado no ano passado.
Com 12 faixas marcadas por uma voz etérea e letras claras, o álbum conta a história de sogumm e reflete uma das várias facetas únicas do Balming Tiger. O álbum foi produzido com a participação de Wonjin, outro membro do crew.
“O Balming Tiger é, de certa forma, uma espécie de 'plataforma' futurista. A identidade musical individual dos membros pode variar, mas tudo acontece dentro do Balming Tiger,” explicou San Yawn. “Nosso crew, desde o início, nunca teve limites de gênero. Quando estou trabalhando em uma música, às vezes percebo que ela brilha mais quando é feita com o grupo do que sozinha,” completou sogumm.
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O primeiro álbum solo de sogumm, So Bright. Foto: Sony Music Korea. |
A distribuição e a divulgação dos álbuns do Balming Tiger são realizadas pela Sony Music, mas todo o processo de planejamento, produção musical e criação de vídeos é feito exclusivamente pelo próprio crew. Nesse sentido, o Balming Tiger funciona tanto como um coletivo quanto como uma espécie de gravadora independente.
Os álbuns e vídeos produzidos no estilo DIY (Do It Yourself) primeiro despertaram curiosidade no exterior. Em apenas um ano após sua estreia, o grupo realizou uma turnê pela Europa e participou do KCON New York. A mídia ocidental rapidamente destacou o grupo, chamando-o de "uma nova alternativa ao K-pop".
Mesmo sem um álbum oficial lançado, o impacto do Balming Tiger é significativo. Neste ano, eles continuam atraindo a atenção de grandes festivais internacionais. A jornada começa entre 14 e 22 de março, no South by Southwest (SXSW), em Austin, Texas, e inclui eventos como o The Great Escape (TGE), no Reino Unido, o MIDEM, na França, além de um show em Moscou, na Rússia. Em novembro, eles irão à Islândia, conhecida como "o fim do mundo", para participar do Iceland Airwaves, um dos festivais de música mais descolados do planeta, que fez questão de convidá-los pessoalmente.
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Balming Tiger, destaque na edição deste maio do festival britânico The Great Escape (TGE). Foto/ Balming Tiger. |
"Visto de fora, acho que somos muito diferentes. Talvez as pessoas se sintam atraídas pelo nosso visual e som excêntricos." (San Yawn)
"A nossa música não conta com o apoio de grandes capitais como outras gravadoras. Mas, em troca, não precisamos da aprovação de executivos para fazer o que queremos." (Omega Sapien)
"Quero conquistar o mundo." (Wonjin)
Os sonhos desse grupo são tão diversos quanto suas personalidades. Sogumm compartilhou: "Quero compor boas músicas e comprar uma casa." Unsinkable disse que gostaria de "cuidar dos pais e criar um cachorro e um gato." Já Sapien brilhou os olhos ao afirmar que gostaria de, através da música, "transferir o centro cultural da Ásia de Tóquio para Seul."
Por fim, pedimos que comparassem sua música a um destino de viagem. Como no início da conversa, a criatividade tomou conta, gerando respostas inusitadas e cheias de humor.
"Seria como Los Angeles, o caldeirão de culturas. Nossa música mistura influências de várias partes do mundo, e queremos fazer algo que abrace ainda mais culturas." (Sapien)
"Um parque de diversões. Se meu álbum solo fosse um carrossel, o Balming Tiger seria uma montanha-russa: cheio de energia e diversão." (Sogumm)
"Pra mim, seria Jeju." (Wonjin)
"Wonjin, você tá falando do lugar pra onde quer ir, não do que a música representa. Mas pensando bem, Jeju tem muitas facetas, como o peixe da região, o porco preto e as famosas pedras." (San Yawn)
"Eu quero fazer músicas que proporcionem essa experiência que gostei tanto em uma viagem." (Wonjin)
"Isso soa muito como algo que uma criança de escola escreveria no diário, não!?" (Sogumm)
"Vamos ampliar um pouco as opções. Que tal Madagascar? Aqueles animais de lá são incríveis." (Unsinkable)
Os membros, trocando ideias e risadas, concordaram com a última resposta de San Yawn, que os fez gargalhar.
"Vamos para o núcleo da terra, um lugar profundo e misterioso, onde ninguém sabe o que esperar." (San Yawn)
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Balming Tiger, uma crew de 9 membros de hip hop alternativo. Foto/ Balming Tiger. |
Reporter: Kwon Ikdok, ikdokwon@etomato.com
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