Esta entrevista é de propriedade de Marie Claire Korea, feita em Março de 2025 por Hwang Junho, nós apenas traduzimos, sendo assim com todos os créditos dados aqui.
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A banda Bongjeingan dá ainda mais força à frase que descreve a cena musical atual: “O boom das bandas chegou”.
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A música da banda Bongjeingan é imprevisível. Em faixas como “박쥐” ("Morcego"), eles correm com tudo o que têm, enquanto em músicas como “BABY” olham o mundo com a pureza de uma criança. Seguindo sempre o que é divertido no processo de criação, Bongjeingan nunca se prende a uma só forma, e traz à tona a verdadeira liberdade que existe na essência da música feita por bandas. Antes de seu primeiro show solo, conversamos com Ji Yunhae, Lim Hyeonje e Jeon Iljun sobre o som único do Bongjeingan.
Prazer em falar com vocês. Se pudessem descrever a banda com uma palavra ou frase, como vocês definiriam o Bongjeingan?
Yunhae: Uma banda que faz músicas que dá gosto de ouvir.
Hyeonje: Um bando que não consegue ficar parado?
Iljun: Um time que não faz o menor sentido. (risos)
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No dia 23 de março acontece o primeiro show solo do Bongjeingan, Bongjeingan: A Máquina de Costura da Fúria (Sewing Machine of Wrath). Como vocês estão se sentindo com essa estreia?
Yunhae: Nunca imaginei que os ingressos fossem esgotar tão rápido. Tô vivendo dias cheios de expectativa e empolgação.
Iljun: É o nosso primeiro show solo como Bongjeingan, então tô bem nervoso.
Teve alguma parte específica do show que vocês mais se dedicaram a preparar?
Hyunje: A gente deu bastante atenção ao ritmo geral do show, sabe? À dinâmica, aos altos e baixos. Nunca mostramos esse tipo de estrutura antes, então acho que o público vai curtir isso como um ponto novo pra apreciar.
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O visual marcante é uma das peças-chave da identidade do Bongjeingan. A maquiagem ousada de vocês lembra até a banda de rock americana KISS. Já estamos curiosos pra saber qual vai ser o visual da vez.
Yunhae: Se quiser saber como a gente vai aparecer no palco... é só colar no nosso show.
Iljun: Visual marcante, né... Bom, pra começar, engordei um pouco desde a última vez. (risos)
Quando os membros de Parasol, Sultan of the Disco, Hyukoh e Jang Kiha and the Faces decidiram montar uma banda juntos, o que esse novo começo significou pra vocês?
Yunhae: Foi como ver um novo galho crescendo numa árvore, sabe? Parecia que mais um ramo tava se estendendo de dentro da gente. Foi como dar um passo além da música que a gente já fazia antes.
Que tipo de música o Bongjeingan busca fazer?
Yunhae: Acho que é difícil comparar a música do Bongjeingan com as bandas que fizemos antes ou colocar a gente dentro de um gênero só. Naquela época, cada um de nós corria atrás do que achava divertido, e hoje ainda é assim.
Se eu tivesse que definir o álbum 12 Languages em uma frase, diria que é uma montanha-russa imprevisível. Os arranjos surpreendem, e músicas com climas totalmente diferentes, como a etérea “Good Night” e a explosiva “Guitar Hero: Dreams Come True”, aparecem uma depois da outra. No processo de produção do álbum, o que foi mais importante pra vocês?
Hyunjae: A gente focou totalmente em encontrar um som que só o Bongjeingan conseguiria criar. E tentamos ao máximo capturar a diversão que sentimos durante o processo de criação.
Yunhae: A gente não pensou tanto no álbum como um todo, e sim em cada música, uma por uma. Depois, quando juntamos tudo, o desafio foi fazer com que soassem coesas e contassem uma história de um jeito bem amarrado.
Hyunjae: Tem aquele ditado, né? “Pessoas parecidas se juntam.” Então, sim, temos gostos em comum, mas também discordamos bastante. E isso é o que torna tudo mais divertido.
Iljun: Quando montamos a banda, nossos gostos eram bem diferentes de agora. Hoje em dia, prefiro músicas mais calmas e introspectivas. Mas no começo parecia até uma disputa pra ver quem curtia som mais barulhento. (risos)
E o que vocês têm escutado ultimamente?
Yunhae: Tenho ouvido Bach de vez em quando, por indicação do Hyunjae.
Hyunjae: Eu tenho curtido os álbuns mais antigos do Pink Floyd.
Iljun: Tenho escutado as nossas músicas mesmo. Preciso ouvir como cada um tocou pra entender melhor os detalhes.
O primeiro álbum completo de vocês, 12 Languages, foi indicado ao prêmio de Melhor Álbum de Rock no Korean Music Awards 2024, e o single “Know You Did” entrou como finalista de Melhor Canção de Rock em 2025.
Iljun: Só de estar entre os indicados já é algo pelo qual somos muito gratos. Mas sendo bem honesto... queria ganhar, sim.
Hyunjae: Imagina só a gente levando o prêmio na terceira indicação. Ia ser bonito demais. (risos)
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Nos anos 90 e começo dos 2000, bandas como Deli Spice e Onnine Ibalgwan ajudaram a popularizar o som das bandas. Agora, esse estilo parece estar voltando com força. Como vocês, que estão no palco, sentem essa mudança na prática?
Iljun: Como tudo hoje em dia muda muito rápido, acho que esse interesse maior por bandas também pode passar logo... Mas seria ótimo se durasse bastante.
Yunhae: Muita gente anda dizendo que “o boom das bandas chegou”, então dá pra sentir, sim, uma certa mudança no ar. Mas, pra ser sincero, ainda acho que não dá pra chamar de um verdadeiro boom.
Uma pergunta que muitos fãs provavelmente querem saber: já tem planos pro segundo álbum?
Hyunjae: Assim que vocês esquecerem da gente, a gente volta com algo divertido. Fiquem ligados. (risos)
E pra encerrar: mesmo vivendo uma nova fase com o Bongjeingan, a música ainda faz o coração de vocês bater como quando começaram?
Yunhae: Acho que sim… Sempre que ouço uma música boa, meu coração ainda dispara.
Hyunjae: Pra mim, tá até mais divertido do que antes.
Iljun: Sendo bem sincero… às vezes fico de saco cheio de música. Mas, quando tô no palco tocando, é sempre incrível.